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Por que dar um tempo do celular na pandemia?

Por Amanda Panteri
14 Maio 2021, 14h00

Assim como o noticiário, o mundo não para. A economia, os negócios, as contas e as atividades do dia a dia às vezes parecem que não dão uma pausa, não é mesmo? “A quarentena acarreta outros problemas de caráter psicológico, com sintomas depressivos, de tristeza, ansiedade, medo, solidão ou irritabilidade, que também podem causar perda de sono ou até dificuldade na concentração para atividades cotidianas”, explica Rafael Moura, fundador da @i_wanna_sleep.

Por isso, o especialista alerta: desligue-se! “Antes de tudo, é preciso manter nossa sanidade mental e, para isso, é importante se desconectar. Evitar informações em excesso é fundamental, principalmente antes de dormir, por exemplo. Afinal, uma vez que o sono é prejudicado, aspectos cognitivos, emocionais e psicológicos também são afetados.”

De acordo com Rafael, esse é o momento para repensar nossas ações e anseios, nos redescobrir, buscar atividades que nos entretenham, traçar novos desafios e nos conectar com o que importa: nossas vontades, sonhos, cenários e possibilidades. “E assim, com celulares desligados e desconectados de discussões, é importante reconhecer emoções,  e buscar novas atividades para que nossa sanidade mental, o sono, o bem-estar e até a esperança não entrem em quarentena.”

E nos dias de folga? 

O advogado trabalhista e empresarial Lucas Mesquita de Souza Magalhães afirma que não responder durante o período de folga não caracteriza falta, contudo isso não quer dizer que os trabalhadores não o façam. “Vivemos em uma sociedade em que o emprego não é amplo, pelo contrário, o desemprego  é grande, então as pessoas permanecem conectadas e exercendo as atividades a qualquer hora e a qualquer dia para que possam se mostrar essenciais. Elas se obrigam a estar 100% do tempo disponíveis para não serem substituídas.”

Mas isso não faz nada bem para a nossa saúde mental. “Precisamos escolher entre sermos senhores ou servos das mensagens instantâneas, sob pena de perdermos o controle de nosso tempo. E tempo, a priori, é vida”, completa a professora e pesquisadora em psicologia Carla Furtado (@profcarlafurtado), idealizadora do Instituto Feliciência (@feliciencia).

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