BOA FORMA responde
No geral, o ato de estalar o pescoço não causa lesões mais sérias. Mas, se começar a realizar de forma repetitiva, isso pode gerar algum processo degenerativo e de desgaste nas articulações ou nos discos intervertebrais e causar algum tipo de lesão. É importante entender que ao estalar o pescoço, a pessoa não deve forçá-lo além do limite. Se for só um giro curto e delicado, normalmente não causa nenhum problema. Porém, se os movimentos forem excessivos, principalmente por aqueles que não têm formação em fisioterapia e osteopatia, isso pode levar a lesões.
O som de estalos que ocorre quando você estica ou movimenta uma articulação, como os dedos, os joelhos, o pescoço ou as costas, é conhecido como “crepitação articular”. Essa crepitação é causada, principalmente, por uma série de fenômenos relacionados à pressão nos líquidos e gases presentes nas articulações.
Quando esticamos uma articulação, a pressão nela diminui, permitindo que o gás presente no fluido forme bolhas. Quando essas bolhas de gás colapsam, elas produzem o som de estalo que ouvimos. Eles podem ser causados também pela passagem de ligamentos ou tendões sobre os ossos durante o movimento ou por liberar pressão nas articulações.
O QUE FAZER PARA RELAXAR O PESCOÇO?
Para aliviar a tensão muscular e prevenir dores e desconfortos na região do pescoço, pode ser benéfica a realização de exercícios de alongamento suaves para a região, inclinando a cabeça para os lados, para frente e para trás, mantendo cada posição por alguns segundos; massagem leve; aplicação de calor, seja ele úmido ou seco (bolsa de água quente, toalha ou travesseiro aquecidos por 15-20 minutos); técnicas de relaxamento, como respiração profunda e meditação; manter uma boa postura ao sentar e ao usar dispositivos eletrônicos; realizar exercícios de fortalecimento do pescoço para melhorar a estabilidade e a resistência muscular; fazer uso de um travesseiro que seja adequado e que ofereça suporte para a cabeça e o pescoço durante o sono; descanso adequado; evitar manter a cabeça em uma posição por um longo período de tempo e realizar pausas regulares para mover e esticar o pescoço.
Dr. Daniel Oliveira, médico ortopedista especializado em coluna vertebral e diretor do Núcleo de Ortopedia e Traumatologia.
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