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O que são as manchinhas brancas na minha pele?

Você já reparou em pequenas manchinhas brancas que surgem "do nada"? Acredite, pode ser um tipo de fungo

Por Marcela De Mingo
29 jun 2022, 08h00

Você já reparou alguma manchinha branca na pele e ficou com medo de ser vitiligo? Com o tema em alta, muitas pessoas passaram a se questionar se sofrem com a patologia.

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Existem vários tipos de doenças de pele que podem se manifestar de diferentes formas no corpo. Os sintomas variam de coceira, à vermelhidão, bolinhas, acne, entre outros. Porém, quando falamos em manchas brancas, logo pensamos em tipos específicos de doenças cutâneas.

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A pitiríase versicolor, popularmente conhecida como pano branco, é um tipo de micose caracterizada pelo aparecimento de manchas brancas na pele. No entanto, suas condições se diferem do vitiligo: é uma infecção por um fungo na camada mais superficial da pele, chamado Malassezia sp. Como o próprio nome científico diz, se apresenta com diferentes cores, sendo a branca a mais comum, com suaves escamas, mas também podem ser escuras ou avermelhadas. Não costuma coçar e pode se espalhar pelas áreas seborreicas ou ‘oleosas’, como rosto, costas e colo. Já o vitiligo é uma condição causada pela falta de melanina em algumas regiões do corpo, resultando em manchas esbranquiçadas em diferentes partes.

É comum que o pano branco surja no verão, já que a pele costuma ficar mais oleosa e com o uso de filtros solares e cremes gordurosos, associados à umidade, criam o ambiente propício para a proliferação do fungo. No entanto, assim como o vitiligo, a doença não tem cura, mas tem tratamento. O uso de produtos antifúngicos em spray, shampoos – pois o fungo pode estar presente de forma imperceptível no couro cabeludo -, e sabonetes específicos costumam ser as orientações médicas para esse caso.

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Vale ressaltar que existem diferentes diagnósticos para manchas claras, como vitiligo, hanseníase, pitiríase versicolor, nevo acrômico e líquen escleroso, por exemplo. O exame dermatológico e, em alguns casos, a biópsia com exame histopatológico são fundamentais para o diagnóstico correto.

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É indicado procurar o dermatologista quando o local coça, arde, as machas crescem, dói e causa ferida, pois isso pode ter diagnóstico de câncer de pele. Sempre que surgirem manchas que não existiam antes, procure o seu médico. No mais, não deixe de fazer um check-up preventivo dermatológico anual.

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Ah, e um detalhe: evitar a condição é possível. Evite o excesso de oleosidade/seborreia no tronco usando sabonetes adstringentes durante o verão, evite ficar com roupas de tecido sintético após a prática de atividade física e use shampoos anti-caspa no couro cabeludo.

 

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RESPONDIDO POR:

DRA. DANIELA ANTELO: Dermatologista do Centro de Tratamento do Vitiligo. Formada em Medicina, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e com Residência Médica em Dermatologia, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Dedica-se ao estudo desta doença desde 2003, quando iniciou sua dissertação sobre o tema. Concluiu Mestrado e Doutorado sobre Fototerapia e Vitiligo, na UFRJ. Tem diversos trabalhos apresentados sobre vitiligo em Congressos Dermatológicos e publicados na literatura médica. Professora Adjunta de Dermatologia da UERJ e atualmente membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da American Academy of Dermatology (AAD). Associada a Global Vitiligo Foundation.

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