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A obesidade é uma condição crônica e multifatorial, sendo responsável por uma complicações como diabetes tipo 2, elevação do colesterol, hipertensão arterial, apneia do sono, problemas articulares, acúmulo de gordura no fígado, infertilidade e problemas de ordem psicológica. Além disso, está associada a alguns tipos de câncer como o de mama, endometrial, cólon, reto e pâncreas.
Em algumas situações, além de mudanças na dieta e intensificação da atividade física, é necessário o uso de medicações para perda e manutenção de peso a longo prazo.
Os medicamentos são indicados quando o paciente apresenta o índice de massa corporal (IMC) > 30 kg/m2 ou > 27 kg/m2 com algum fator de risco (hipertensão, aumento do colesterol, diabetes).
Recentemente, foi lançado no mercado brasileiro a semaglutida (Wegovy) para perda de peso. A semaglutida é um peptídeo sintético, pertencente à classe de medicamentos agonistas do receptor do GLP-1( glucagon like peptide 1).
O GLP-1 é um hormônio produzido naturalmente pelas células intestinais humanas, sendo capazes de regular a glicemia sanguínea e controlar o apetite. Esse hormônio sintético também pode ser utilizado para o tratamento de diabetes tipo 2.
Os efeitos colaterais mais comuns da medicação incluem náuseas e vômitos, diarreia, dor abdominal, gases, perda de apetite e dor de cabeça.
Atenção: a utilização do Wegovy deve contar com o acompanhamento de um médico especialista em endocrinologia. Ele vai individualizar a prescrição da medicação, indicar a dose correta, dar dicas sobre hidratação e dieta para minimizar os efeitos adversos e saber se você realmente terá ou não benefícios com o uso desse remédio.
Dra. Luciana Mela Umeda, endocrinologista e professora do curso de medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – UNICID
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