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O que fazer para diminuir o colesterol ruim?

Por Larissa Serpa
Atualizado em 21 out 2024, 22h28 - Publicado em 6 set 2021, 16h19
Três receitas com abacate em torradas
 (count_kert/Thinkstock/Getty Images)
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O Ministério da Saúde estima que quatro em cada 10 brasileiros tem colesterol alto. Muitas pessoas sofrem com o problema mesmo quando praticam atividade física ou levam uma vida aparentemente saudável. A redução do colesterol é uma das coisas mais importantes a se fazer para promover a saúde geral do coração. Infelizmente, poucas pessoas entendem as etapas essenciais para atingir essa meta.

Apesar de seguirem uma dieta saudável, algumas pessoas ainda podem ter colesterol alto. Isso pode ser algo que eles herdaram. Existe uma condição chamada hiperlipidemia familiar que é hereditária e causa colesterol alto. Essas pessoas necessitam de alimentação ainda mais equilibrada e orientada.

As três coisas principais que afetam seus níveis de colesterol são dieta, peso e nível de atividade física.

DIETA:

Insira mais fibras

Também é preciso incluir mais fibras na alimentação. As fibras solúveis auxiliam diretamente no controle de colesterol porque formam um gel solúvel que, no intestino delgado, altera a absorção de colesterol do organismo, reduzindo o risco de doenças do coração. A fibra solúvel viscosa como a de psyllium, por exemplo, ajuda a reduzir o colesterol LDL total e “ruim” porque forma um gel espesso que retém e ajuda a remover algum colesterol, ácidos biliares e resíduos do intestino.

Escolha as gorduras

Além de reduzir a ingestão de determinados alimentos, o aumento do consumo de gorduras saudáveis pode ajudar.

Se sua dieta for estritamente rica em gordura saturada, seus níveis de colesterol no sangue serão mais elevados. Da mesma forma, se você está acima do peso, também corre um risco maior de colesterol alto. Também tome cuidado com as gorduras e açúcares escondidos. Seja um comedor informado; conheça os ingredientes e leia atentamente os rótulos nutricionais. Açúcares ocultos e ingredientes não saudáveis podem aumentar seu peso e piorar o perfil lipídico. Fique longe de alimentos que contenham altos níveis de gordura saturada, colesterol e fontes ocultas de açúcar, como xarope de milho com alto teor de frutose e algumas dextrinas.

Também é recomendado adicionar boas fontes de gordura à dieta. O DHA é a abreviação de ácido docosahexaenóico, um ácido graxo poli-insaturado. A ingestão regular de DHA pode ajudar na função cardíaca adequada e ajudar a diminuir os níveis de lipoproteína de baixa densidade (LDL) e aumentar os níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL), ou o colesterol ‘saudável’. Fontes populares de DHA são salmão, sardinha e atum, mas se você não é fã de frutos do mar, é possível suplementar com óleo de peixe ou, se você não gosta do sabor de peixe, tentar suplementos vegetarianos feitos de DHA de algas.

EXERCÍCIOS:

Dicas simples como subir escadas, se movimentar mais, fazer caminhadas e exercícios diariamente são atitudes que ajudam a diminuir o colesterol. Ser ativo por 30 minutos na maioria dos dias pode ajudar a reduzir o colesterol ruim e aumentar o colesterol bom.

ESTILO DE VIDA:

Pense também em desistir de vez do cigarro. Se você fuma, saiba que as inúmeras substâncias tóxicas presentes no cigarro podem oxidar o colesterol bom e a consequência disso é catastrófica: ele é transformado em colesterol ruim (LDL). A oxidação também leva a inflamações nas artérias que podem resultar na formação de placas de gordura, entupindo os vasos. Então o hábito de fumar é um dos mais nocivos para a saúde do coração.

Colesterol em falta?

O colesterol apresenta o lado A e o lado B, ou seja, é prejudicial quando em excesso, porém quando está deficiente ou quando o paciente usa as “estatinas” sem acompanhamento médico, isso também pode ter efeitos adversos, como sobrecarga hepática, queda do rendimento físico, cãimbras, déficts de memória.

Mas o mais importante é buscar orientação médica cardiológica e nutrológica. Melhorar os hábitos de vida com o objetivo de diminuir os riscos cardiovasculares é uma excelente estratégia, mas a consulta médica fornece um acompanhamento personalizado para o paciente.

RESPONDIDO POR:

JULIANO BURCKHARDT: Médico Nutrólogo e Cardiologista, membro Titular da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). É membro da American Heart Association e da International Colleges for Advancement of Nutrology. Mestrando pela Universidade Católica Portuguesa, em Portugal, atuou e atua como docente e palestrante nas suas especialidades na graduação e pós-graduação. O médico tem certificação Internacional pela Harvard Medical School, para tratamento da Obesidade. É diretor médico do V’naia Institute. Diretor Científico Brasil da European Academy of Personalized Medicine.

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