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Espiritualidade prática, com Debora Pivotto

Espiritualidade e autoconhecimento conectados com a nossa saúde física e mental, com o coletivo e com a vida prática
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Precisamos desmistificar a mediunidade

Por Debora Pivotto
Atualizado em 21 out 2024, 22h28 - Publicado em 19 ago 2021, 11h45
Intuição: a capacidade de ouvir o nosso próprio espírito é uma expressão da mediunidade
Intuição: a capacidade de ouvir o nosso próprio espírito é uma expressão da mediunidade (Aarón Blanco Tejedor on Unsplash/BOA FORMA)
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Quando você ouve a palavra mediunidade, o que te vem à cabeça? Talvez uma imagem de Chico Xavier psicografando cartas, ou aquela cena clássica de pessoas vestidas de branco em volta de uma mesa naquelas reuniões espíritas de contato com desencarnados no melhor estilo novela “A Viagem”. Ou se você já visitou algum centro de umbanda, pode pensar na imagem de médiuns recebendo entidades como pretos-velhos, caboclos e exus.

De fato, estas cenas são exemplos bem conhecidos de pessoas exercendo suas funções com médiuns. Mas o que eu quero discutir aqui hoje é que a mediunidade vai muito além dessa capacidade que algumas pessoas têm de fazer contato, perceber e se comunicar com a energia de pessoas que não estão mais encarnadas.

Eu vejo a mediunidade como uma capacidade que todos nós temos de perceber, sentir e receber informações e conhecimentos que “trafegam” em um campo sutil e energético. Ou seja, é uma grande capacidade de comunicação que temos e que vai muito além do nosso racional.

E por que é importante saber disso? Porque essa comunicação, quando bem trabalhada e desenvolvida, se torna uma ferramenta de autoconhecimento muito poderosa. Especialmente a intuição.

Muita gente ainda associa a mediunidade com uma capacidade extraordinária de comunicação com o espírito de outras pessoas, ou seja, com o privilégio de receber informações que vem de “fora”, mas a intuição, que é uma expressão da mediunidade, é a capacidade de ouvir o nosso próprio espírito! Ela nos ajuda a compreender o que fala a nossa alma – e quando eu falo alma, me refiro a uma parte muito luminosa,  sábia e madura de nós mesmos.

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A intuição pode nos ajudar de muitas formas. Desde perceber que a energia de um lugar ou de uma pessoa não está boa e não nos faz bem até nos trazer informações preciosas sobre o nosso mundo interno. Ela sempre sabe o que realmente queremos e o que precisamos fazer para  enfrentarmos os desafios da nossa jornada. Ela traz verdades que, muitas vezes, estão inconscientes para nós. Ela pode nos ajudar no trabalho, nos relacionamentos e em todos os campos da vida.

É aquela voz que reflete o que temos de mais verdadeiro e complexo em nosso ser. E é uma comunicação que não fala através da nossa mente, mas sim, por meio de um campo bem mais sutil e silencioso.

Enfim, este tema é muito precioso e complexo e merece um aprofundamento. Em breve, falarei aqui sobre formas de perceber essa voz e desenvolver essa ferramenta incrível que é a intuição. Mas, por enquanto, sugiro que você desmistifique esse conceito estereotipado sobre mediunidade e saiba que ela é uma capacidade incrível que todos nós temos de se comunicar não só com vozes “do além”, mas principalmente, com nós mesmos.

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Sou Debora Pivotto, jornalista, escritora e terapeuta. Trabalhei por 13 anos em grandes redações do país até descobrir que os assuntos que mais me interessavam estavam dentro – e não fora – das pessoas. Apaixonada por autoconhecimento e comunicação, faço uma espécie de “reportagem da alma” com a terapia de Leitura de Aura, ajudo as pessoas a reconhecer e manifestar os seus dons e talentos facilitando um processo de autoconhecimento chamado Jornada do Propósito, e estou me especializando em Psicologia Análitica Junguiana. Adoro compartilhar meus aprendizados em textos, vídeos e workshops. Para saber mais, me acompanhe pelo instagram @deborapivotto.  

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