Saúde mental materna importa
O dia das mães está chegando e gostaria de aproveitar essa data para falar de um assunto fundamental e muito silenciado por todos, a saúde mental materna!
A psicologia por diversos anos deu um grande enfoque no bebê e na criança, deixando de lado o olhar para as tentantes, gestantes e mães. As mulheres tinham que calar as dores da maternidade, pois a sociedade como um todo romantiza muito esse papel e não dá espaço para angústias provenientes dessa fase.
O ciclo gravídico puerperal (período que ocorre da fecundação do feto até o final do puerpério) é pautado em uma crise maturativa, onde a mulher se encontra em um estado emocionalmente fragilizado, no qual precisa redescobrir o seu papel, aceitar a nova realidade e dar espaço para esse bebê. Mesmo que a gravidez possa ter sido planejada e esperada por ela e a família, é um momento de busca de sua própria identidade, além de alterações físicas e emocionais diárias.
Se torna necessário olhar para a história pessoal da mulher, o contexto existencial dessa gravidez, as características de evolução desse maternar, o contexto socioeconômico e o contexto assistencial (rede de apoio), que podem estar deixando essa mulher mais ansiosa ou amedrontada, visto que o gestar, parir, criar e orientar uma criança, por si só, coloca em risco de adoecimento psíquico.
O papel dessa mãe é solitário, o que o torna ainda mais desafiador. É um momento em que as pessoas apenas enxergam as mudanças externas, julgam as atitudes e dão pitacos onde não são convidadas, mas o que se passa na cabeça dessa mãe, por muitas vezes, ela mesma não consegue acompanhar. É um momento de ambivalências, marcado por medos, cobranças e expectativas que acabam fazendo com que essa mãe se cale e passe por esse momento sozinha.
Então nesse dia das mães (e em todos os outros também), espero que o olhar para com essas mulheres possa ser visto de outra forma! Que todos possam ser meio de acolhimento e não julgamento. Afinal, há uma frase muito dita “nasce uma mãe, nasce uma culpa” que talvez possa ser alterada em conjunto com uma sociedade psicoeducada ao longo dos próximos anos!
Esse é o meu maior desejo para o dia das mães!
#saúdementalmaternaimporta
________________________________________________________________________
Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @psi.priscilaconte Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3