Sexualidade Positiva

Chris Marcello é publicitária (UAM), pós-graduada em Administração de Empresas (FAAP) e em Educação Sexual (UNISAL). Palestrante, escritora e empresária, idealizadora das marcas: ItSophie e LovePlan.

Equilíbrio

Satisfação sexual no casamento: quando o prazer mora na presença

Por Chris Marcello (@itsophieofical e @loveplanoficial)
8 nov 2025, 16h00

Sabemos que a satisfação sexual no casamento muda. E não é só por causa da rotina, dos filhos, do cansaço ou da falta de tempo. É porque o desejo também amadurece. E com ele, a forma como nos conectamos com o outro.

Durante muito tempo, falamos de sexo como se fosse o único termômetro da intimidade. Mas e se a chave para manter a paixão viva estiver em outro lugar? Em algo mais sutil, mais profundo e como a intenção, a presença e a escuta ativa?

Segundo estudos da Universidade de Rochester, casais que praticam escuta ativa e demonstram interesse genuíno pelo outro têm níveis mais altos de satisfação sexual, mesmo quando a frequência do sexo diminui.

Isso mostra que o prazer não está só no toque, mas também no olhar, na conversa, na atenção. Intenção é mais do que querer transar.

É querer estar, é escolher o outro todos os dias, mesmo quando a rotina pesa. É preparar um café, mandar uma mensagem carinhosa, elogiar sem motivo, pequenos gestos que dizem: “eu vejo você”.

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Escutar não é só ouvir, mas estar presente de verdade. Deixar o celular de lado, olhar nos olhos, acolher sem julgar. Quando nos sentimos ouvidos, nos sentimos desejados.

E isso acende algo que vai muito além da libido. Estar presente é estar inteiro. É não fazer sexo pensando na lista do mercado, é não conversar com o parceiro(a) enquanto responde e-mails, mas sim, viver o momento com atenção plena, afinal, a presença é afrodisíaca.

Redefinir o que é intimidade pode ser transformador. Ela pode morar numa dança na sala, num banho juntos, numa conversa profunda.

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Criar rituais de conexão, como um jantar semanal sem distrações ou uma caminhada de mãos dadas, ajuda a manter o vínculo vivo.

Explorar o toque não sexual, como abraços longos, massagens, cafuné, ativa a química do afeto. Falar sobre o que se sente, com vulnerabilidade e abertura, cria espaço para o desejo.

Quando há intenção, presença e escuta, o sexo deixa de ser uma cobrança e vira consequência. Ele acontece porque há conexão. Porque há desejo de estar junto.

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Porque há espaço para o prazer em todas as suas formas. A paixão não morre com o tempo. Ela muda de lugar, e quando a gente aprende a encontrá-la nos detalhes, ela floresce, mesmo depois de anos de convivência.