Casa Clã 2025: ‘Você pode ter o cabelo do jeito que você quiser’, diz Marina Santa Helena

A podcaster e a jornalista Aline Midlej conduziram um bate-papo sobre cabelos, liberdade e estilo no evento

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 25 mar 2025, 15h53 - Publicado em 22 mar 2025, 19h00
talk cabelos e liberdade
Casa Clã 2025 oferece talk sobre cabelos, estilo e liberdade | (Flavio Santana/BOA FORMA)
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Na tarde deste sábado (22), a apresentadora e podcaster Marina Santa Helena e a jornalista Aline Midlej estiveram na Casa Clã 2025, maior evento feminino da Editora Abril, para um talk sobre cabelos, liberdade e estilo. A conversa aconteceu após as inscritas aproveitarem um almoço assinado por Carmem Virginia, do Altar Cozinha Ancestral.

Mediado por Karin Hueck, editora-chefe de CLAUDIA , o bate-papo mostrou como o cabelo e o estilo vão além da estética, revelando muito sobre a identidade.

“O cabelo nos define em relação à vida mesmo, como a gente se relaciona com quem a gente é e com quem a gente vai descobrindo que é. Meu cabelo define a minha construção de identidade, define quem eu sou, e esse é um trabalho para a vida toda, é um caminho sem fim”, começou Midlej, que é âncora na GloboNews.

“Cabelo é um assunto que rende. A gente podia ficar a tarde inteira falando de cabelo, cada uma tem uma história. Tem muito a ver com cultura e com identidade“, acrescentou Santa Helena.

Cabelo e expressão pessoal

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Karin Hueck, Aline Midlej e Marina Santa Helena durante talk na Casa Clã 2025 | (Flavio Santana/BOA FORMA)

Para a podcaster, o cabelo é uma maneira de expressão de identidade e autoestima. “Ele mostra muito o momento em que você está passando na sua vida e o jeito que você quer se expressar para o mundo”, defendeu Marina.

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Ela afirmou que a sua relação com os próprios fios passou por diversas transformações e que pode ser considerada complexa.

“Eu nasci cacheada, aí ficou liso, e, agora, eu estou ondulada. Eu demorei para gostar do meu cabelo, para me sentir à vontade com ele”, revelou.

Aline também compartilhou detalhes sobre a sua jornada de aceitação dos cabelos. “É como se fosse um casamento que não cabe divórcio. A gente se encontrou, e é um relacionamento para a vida toda. Tem momentos que você quer separar, tem DRs. Mas, hoje, eu posso dizer que minhas DRs com o meu cabelo são mais interessantes, são para minha evolução. Estamos em um momento de se curtir e de se julgar menos, de se cobrar menos”, declarou.

A jornalista ainda comentou que o segredo é você buscar se sentir bem consigo mesma, libertando-se de padrões estéticos impostos pela sociedade. “O caminho certo é o caminho que você se sente bem consigo mesma”, exclamou ela.

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Midlej afirmou que acredita estar vivendo uma boa fase com os seus cabelos. No entanto, isso não significa que não haja mais desafios.

“Eu acho que estou vivendo o auge, mas não quer dizer que sem conflitos. Porém, eu me sinto numa liberdade total que está me ajudando a construir o estilo que eu sempre quis. Eu uso o cabelo como eu quero, se eu quero liso, deixo liso, se eu quero cacheado, deixo cacheado”, apontou.

“E é importante lembrar que a liberdade está muito pautada pelo estilo que você constrói. Eu nunca usei franja, por exemplo. Era meu sonho, porém sempre pareceu que cacheadas não podiam usar franja. Mas eu fui lá e fiz a franja, e foi um sucesso”, ressaltou Aline.

Além disso, a âncora da GloboNews criticou o ainda persistente estigma relacionado aos cabelos com curvaturas. “Ainda existe uma dificuldade de associar o cabelo com curvatura ao formalismo. Tem aquela ideia de que esses cabelos são ‘desarrumados’ por causa do frizz e do volume. Mas têm caminhos sendo abertos para mudar isso.”

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A aceitação dos fios brancos

marina santa helena durante talk na casa clã 2025
Marina Santa Helena | (Flavio Santana/BOA FORMA)

Santa Helena, além de ter cabelos com curvatura, hoje, também exibe seus fios brancos com confiança. Mas é claro que nem sempre foi assim.

“Aceitar os fios brancos é dia após dia. Não tem nada fixo. O estilo pessoal não é ‘Você é isso e acabou’. Todo dia você constrói um pouco. Eu comecei a ter cabelo branco com 30 anos, e aí vieram as tentativas de tirá-los com a pinça, de tingi-los. Quando chegou a pandemia, tive que aprender a cuidar dos fios em casa, aí comecei a estragá-los (risos). Quando terminou a pandemia, pintei de loiro total e o cabelo ficou claro. Então, aos poucos, eu fui aceitando os brancos”, disse.

A podcaster mencionou que, após assumir os grisalhos, chegou a receber alguns comentários etaristas. “Já ouvi coisas até de pessoas que não era tão próximas falando que meu cabelo estava estranho, perguntando se eu não ia pintar. Apenas não. O meu cabelo é esse, e é isso aí”, reforçou ela.

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Mãe de Teresa, de 6 anos, Marina contou que ensina à filha o seguinte lema: “Você pode ter o cabelo do jeito que você quiser“.

“Recentemente, a minha filha me perguntou ‘Mãe, existe franja cacheada?’ Eu falei que existe, abri o Pinterest e mostrei inspirações. Agora, ela está super empolgada para fazer essa franja”, completou a apresentadora.

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