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Comitê Olímpico dos EUA baniu mulheres trans de competições femininas: entenda o caso

Entidade afirma ter “obrigação de cumprir” decreto presidencial

Por Maraísa Bueno
Atualizado em 25 jul 2025, 16h22 - Publicado em 23 jul 2025, 16h00
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Lia Thomas foi a primeira mulher trans a ser banida das seletivas na natação dos EUA para as Olimpíadas de Paris (./Reprodução Instagram)
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O Comitê Olímpico e Paralímpico (USOPC) dos EUA mudou as políticas internas para seguir a ordem executiva assinada por Donald Trump em fevereiro e baniu mulheres transgêneros de participarem de competições femininas promovidas por entidades olímpicas e paralímpicas no país. 

A revisão foi divulgada na segunda-feira (21 de julho) no site oficial da USOPC. De acordo com a matéria publicada no site Politico, o comitê atualizou a “Política de Segurança do Atleta”, proibindo mulheres trans de competirem em esportes femininos.

Em uma carta divulgada pela USOPC, assinada pela CEO, Sarah Hirshland, e pelo presidente, Gene Sykes, o comitê se envolveu em uma série de conversas “respeitosas e construtivas” com autoridades desde que Trump assinou a ordem em fevereiro.

“Como uma organização com estatuto federal, temos a obrigação de cumprir as expectativas federais. Nossa política revisada enfatiza a importância de garantir ambientes de competição justos e seguros para as mulheres. Todos os órgãos governantes nacionais são obrigados a atualizar suas políticas aplicáveis em conformidade”, afirmou a carta. 

Cada comitê possui sua política 

No final de 2021, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu que cada federação de modalidade esportiva passaria a decidir seus critérios sobre a participação ou não de atletas trans em modalidades olímpicas. 

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A diferença é que a ordem restritiva de Trump passa a ser um decreto governamental. De acordo com o GE, o presidente norte-americano está pressionando o COI para que a sua resolução entre em vigor nas olimpíadas de 2028, que acontecem em Los Angeles. 

Em contrapartida, a nova presidente da COI, Kirsty Coventry, disse que irá reforçar a proteção da categoria feminina. Segundo ela, haverá uma força tarefa para estabelecer uma política elegível para todos.

Caso Lia Thomas 

Nos EUA, um dos casos que ganhou o mundo foi o da nadadora Lia Thomas que, aos 26 anos, não participou da seletiva americana para uma vaga nas Olimpíadas de Paris, por ser uma mulher trans. 

Ela chegou a realizar uma apelação com a Corte Arbitral do Esporte (CAS), mas foi rejeitada. A justificativa na época foi de que a americana não era elegível para questionar as regras da World Aquatics (Federação dos Esportes Aquáticos), que, desde 2022, proíbe a participação de mulheres trans em competições femininas. 

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No Brasil

O Brasil segue a regra do COI, em que cada federação esportiva decide os critérios de elegibilidade ou não. Uma das modalidades que aceitam mulheres trans é o vôlei, tendo a jogadora trans Tiffany, do Osasco, como um exemplo. Esse ano, ela comemorou a vitória do time na Superliga Feminina de Vôlei. 

“Estou muito feliz de poder ter essa representatividade dentro de quadra, sendo a primeira mulher trans campeã da Superliga, depois de oito anos de muita luta, de muita transfobia. Às vezes tentar parar por medo, mas, eu tenho um Deus maior que falou: ‘Filha, não, você tem que continuar'”, desabafou em uma entrevista publicada na CNN.

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