Durante o Verão, o aumento das temperaturas, o uso prolongado de biquínis molhados e a maior exposição a piscinas, academias e ambientes úmidos podem alterar o equilíbrio natural da flora íntima.
E essa combinação pode causar irritações, coceiras, corrimentos e infecções, que acabam sendo queixas comuns nesta época do ano. Cuidar da saúde íntima, portanto, vai muito além da higiene: envolve entender como proteger a região de fatores externos que podem comprometer o bem-estar e a segurança íntima.
Além da atenção aos hábitos do dia a dia, medidas simples podem ajudar a manter o equilíbrio local, como optar por roupas leves, permitir períodos de ventilação da região, e ter cuidado com o uso de produtos muito perfumados ou agressivos.
Outros pontos importantes na prevenção incluem hidratação adequada, escolha de protetores solares apropriados quando necessário e atenção ao pH. Em alguns casos, protocolos médicos podem ser indicados para fortalecer a barreira natural da mucosa e recuperar o conforto íntimo, especialmente quando há ressecamento, ardor ou recorrência de infecções.
O acompanhamento ginecológico é fundamental para orientar o uso correto de produtos e identificar quando há necessidade de intervenções específicas. Cada organismo vive o Verão de uma forma, e o equilíbrio íntimo pode ser influenciado por fatores como ciclo hormonal, estresse, alimentação e fase da vida. Por isso, a avaliação individualizada permite cuidados mais assertivos, respeitando a fisiologia e a feminilidade de cada mulher.
“No Verão, aumentam os casos de candidíase, vaginose bacteriana, dermatites de contato, ressecamento, além de irritações vulvares causadas por suor, fricção e uso prolongado de roupas molhadas. O calor e a umidade criam um ambiente mais favorável para a proliferação de fungos e bactérias, enquanto piscinas e praias expõem a região a produtos químicos e micro-organismos que podem alterar o pH e a microbiota”, explica o ginecologista Dr. Guilherme Henrique dos Santos, da Onne Clinic, do Rio de Janeiro.
O profissional destaca que medidas simples fazem muita diferença no dia a dia para preservar o equilíbrio da flora íntima e evitar irritações ou infecções. São elas:
- Evitar ficar muitas horas com o biquíni molhado
- Usar roupas leves e que permitam ventilação
- Preferir sabonetes suaves, sem excesso de perfumes
- Manter boa hidratação oral
- Dar intervalos sem roupa íntima para ventilação da região
- Lavar apenas a vulva (sem duchas internas)
“Esses hábitos ajudam a preservar o pH, mantêm a barreira da mucosa íntegra e reduzem a chance de inflamações e infecções”, ressalta.
Situações de tratamentos ou intervenções médicas
Dr. Guilherme conta que quando há ressecamento frequente, ardor, fissuras de repetição, recorrência de candidíase, ou desconforto após exposição a piscinas e calor, podem ser indicados protocolos médicos específicos.
Entre os protocolos estão a hidratação de mucosa com ácido hialurônico tópico e injetável, PDRN para recuperação da barreira natural e cicatrização e Laser íntimo para equilíbrio da mucosa e associação com medicações específicas, principalmente nos tratamentos de corrimentos de repetição. “Essas intervenções ajudam a restaurar a integridade da região e prevenir novos episódios”, completa.
Hormônios
Fatores como hormônios, fase da vida e estilo de vida também influenciam os cuidados íntimos durante o Verão. O equilíbrio íntimo é altamente influenciado por:
- Ciclo hormonal – oscilações de estrogênio alteram pH, lubrificação e microbiota.
- Fase da vida – mulheres pós-menopausa, pós-parto ou no climatério tendem a ter mucosa mais sensível e vulnerável.
- Estilo de vida – estresse, alimentação rica em açúcar, treinos intensos e uso de roupas apertadas podem favorecer desequilíbrios.
“Durante o Verão, esses fatores se somam ao calor e umidade, exigindo cuidados individualizados para manter o bem-estar e a saúde íntima de forma segura”, finaliza o profissional.
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