Equilíbrio

A importância do autoconhecimento na exploração de fetiches

A resposta está em entender que os fetiches não são sobre “certo” ou “errado”, mas sobre autenticidade e respeito aos nossos limites e aos do outro

Por Roberta Struzani
Atualizado em 27 jan 2025, 14h49 - Publicado em 26 jan 2025, 20h00

Explorar os próprios fetiches é um ato de autoconhecimento e liberdade. Nossos desejos são expressões únicas da nossa sexualidade e carregam significados emocionais e psicológicos profundos.

Quando nos permitimos olhar para eles com curiosidade e aceitação, abrimos caminho para uma vida sexual mais rica, consciente e plena.

Por que explorar seus fetiches é importante?

Fetiches são, muitas vezes, a forma como nossa psique expressa necessidades emocionais ou traumas não resolvidos. Ou seja, podem simbolizar poder, vulnerabilidade, liberdade ou até mesmo um desejo de se reconectar com partes esquecidas de nós mesmos.

Quando os acolhemos com respeito, nos damos a chance de nos conhecer melhor e de viver experiências que expandem nossa noção de prazer.

Além disso, explorar os próprios fetiches nos ajuda a construir uma relação mais honesta e transparente com nosso corpo e com nossos parceiros.

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É um exercício de vulnerabilidade e conexão que pode transformar completamente a forma como nos relacionamos, não só sexualmente, mas também emocionalmente.

Superando Bloqueios e Aceitando os Desejos

Bloqueios em relação aos fetiches geralmente vêm de crenças limitantes ou tabus culturais que nos ensinam a sentir vergonha do que nos excita.

Por isso, o primeiro passo para superar esses bloqueios é reconhecer que nossos desejos são naturais. Não há vergonha em ser quem somos.

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Uma ferramenta poderosa para isso é o autoconhecimento. Reserve um tempo para explorar seu corpo e suas preferências.

Práticas como a masturbação consciente não apenas ajudam a identificar o que desperta prazer, mas também fortalecem a conexão com o próprio corpo. É um momento de intimidade consigo mesmo que amplia a percepção sobre o que realmente faz sentido para você.

A Ginástica Íntima é outra prática incrível que pode transformar sua relação com o próprio corpo e com a sexualidade. Além de fortalecer os músculos do assoalho pélvico e intensificar o prazer sexual, ela amplia o controle e a percepção do corpo.

Como explorar seus fetiches de forma saudável

Explorar fetiches não precisa ser um processo complexo ou intimidador. Aqui estão algumas maneiras práticas e seguras de se aprofundar nesse universo:

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Conheça seus desejos: A jornada começa com você. Então, permita-se refletir sobre o que desperta sua curiosidade, seja algo que viu, leu ou fantasiou. Anote suas ideias e sentimentos sem julgamento.
Abra o diálogo: Compartilhar seus desejos com o parceiro(a) é fundamental. Portanto, crie um espaço seguro para conversar sobre o que você gostaria de experimentar e ouça com atenção o que o outro tem a dizer. A comunicação é o alicerce de qualquer experiência sexual saudável.
Informe-se e prepare-se: Pesquise sobre o fetiche que deseja explorar. Entenda os aspectos práticos e as formas seguras de vivenciá-lo. Essa preparação é uma forma de cuidar de si mesmo e dos envolvidos.
Defina Limites e Consenso: Antes de iniciar qualquer prática, estabeleça limites claros. Use sinais, palavras de segurança ou combine regras que tragam conforto para todos.
Aproveite o Processo: Não tenha pressa. Vivenciar um fetiche é sobre explorar e se divertir, não sobre alcançar um objetivo específico. Deixe-se levar pelo momento e descubra novas camadas do seu prazer.

Roberta Struzani

Especialista em Sexualidade e Ginecologia Natural. Pioneira no estudo de Ginástica Íntima e Reconsagração do Ventre no Brasil, contribuiu para a formação de diversas terapeutas e desenvolveu um trabalho personalizado que traz benefícios para a saúde da mulher, do físico ao emocional.

fisioterapia.roberta@gmail.com