Como está a sua fertilidade?
Sua resposta é "não sei"? Startup coleta informações sobre hábitos mais exame laboratorial para descobrir como está a reserva ovariana da mulher
Para quem pensa em engravidar, para quem não quer ter filhos, para quem está na dúvida. Informação é vital para a tomada consciente de qualquer decisão – mas nem sempre as mulheres conseguem informações precisas sobre sua própria saúde. “Temos um conhecimento muito básico sobre nosso próprio corpo e ciclos”, afirma Stephanie von Staa Toledo. Ela é a fundadora e CEO da Oya Care, startup que funciona como uma clínica digital.
“Nosso primeiro serviço é o programa Descoberta da Fertilidade. Seu objetivo é oferecer, para todas as pessoas que nascem com útero, uma fotografia de como ele está numa linha do tempo”, completa Stephanie. O primeiro passo é uma coleta de sangue domiciliar, com hora marcada, para realização do Exame Ham (o do hormônio antimülleriano). Com os resultados na mão, em uma teleconsulta, uma médica especialista ajuda na interpretação dos resultados a respeito da fertilidade. “Esse exame está relacionado com a reserva ovariana, mas é preciso montar uma quebra-cabeça, relacionar os dados com todo o histórico de cada paciente.”
O lançamento, em abril, veio depois de muitas entrevistas com médicos e pacientes. No Brasil, segundo a OMS, temos aproximadamente 8 milhões de pessoas inférteis. Muitas mulheres têm vergonha ou medo, porém, de investigar o assunto. “A primeira coisa é entender que o resultado da descoberta não é ‘fértil’ ou ‘infértil’, há um posicionamento do seu corpo que precisa ser entendido, seja para a decisão de contracepção, de congelamento de óvulos, de tentar a gravidez”, completa Stephanie.
Da contratação do programa até a consulta final, disponível para clientes em São Paulo, o processo dura de 5 a 10 dias úteis e custa R$ 499,00. Quem já tem os exames mas deseja uma consulta virtual com uma médica pode agendar por R$ 299,00.
“A fertilidade feminina não é vitalícia. O nosso corpo já nasce com todos os óvulos que serão liberados durante nossa vida fértil, ou seja, eles acabam. Entender mais sobre isso faz com que possamos tomar decisões mais conscientes”, afirma Natalia Ramos, ginecologista especialista em reprodução humana.