Como a Insuficiência Venosa Crônica, diagnosticada em Trump, impacta milhares no Brasil

Com a confirmação do diagnóstico do presidente dos EUA, alerta volta para doença

Por Maraísa Bueno
Atualizado em 21 jul 2025, 14h05 - Publicado em 18 jul 2025, 18h00
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Condição de Donald Trump afeta milhares de brasileiros (./Reprodução)
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Após a confirmação feita pela Casa Branca de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com Insuficiência Venosa Crônica (IVC), voltou o alerta para uma condição comum, frequentemente subestimada e que afeta milhares de brasileiros.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Edwaldo Edner Joviliano, a IVC acomete entre 40% a 60% da população em alguma fase da vida, sendo mais prevalente entre as mulheres

Principais sintomas 

A doença ocorre quando as veias das pernas perdem sua capacidade de conduzir o sangue de volta ao coração de maneira eficiente, levando a sintomas como inchaço, dor, varizes, alterações na pele e, nos casos mais graves, úlceras venosas.

Entre os principais fatores de risco estão a predisposição genética, histórico de trombose venosa, traumas nos membros inferiores, cirurgias ortopédicas de grande porte e obesidade.

 “Ela acontece principalmente por falhas no sistema valvular das veias ou por obstruções que dificultam o retorno do sangue. O mais comum é que as válvulas venosas percam sua função com o tempo, por questões genéticas ou por fatores externos como obesidade, sedentarismo, gestações múltiplas, longos períodos em pé ou sentado e devido ao próprio envelhecimento do sistema vascular, por isso a doença aumenta muito sua incidência com a idade, podendo chegar a 80% de prevalência nos idosos”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)”

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A profissional também completa: “Outra possibilidade é o comprometimento das veias por tromboses anteriores, que deixam sequelas no sistema venoso, isso chamamos de síndrome pós-trombótica. O problema é que, com o tempo, essa falha no retorno venoso aumenta a pressão dentro das veias das pernas, levando a uma sobrecarga circulatória.

Segundo o Dr. Joviliano, alguns sinais precisam de atenção, como:

  • dor persistente nas pernas, 
  • inchaço
  • veias dilatadas, 
  • manchas escurecidas 
  • alterações na pele 
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O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e garantir maior efetividade no tratamento.

Muitas vezes, os sintomas pioram com o calor ou após longos períodos em pé, e melhoram ao elevar as pernas ou ao caminhar. A gravidade do problema aparece de acordo com o grau de comprometimento do sistema venoso e de acordo com os hábitos de vida da pessoa. Por isso podemos ter pessoas com quadros graves e poucas queixas assim como pacientes com poucas alterações, mas muito sintomáticas”, alerta Dra. Aline.

Tratamento adequado

Embora a insuficiência venosa crônica não represente risco de morte, os sintomas podem causar significativo impacto na qualidade de vida. O tratamento inclui mudanças no estilo de vida, como prática regular de atividade física, uso de meias elásticas compressivas, elevação dos membros inferiores e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas ou endovasculares.

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