Você sabe o que é Melanoma? Junho Preto alerta para esse tipo de câncer

Uma pinta pode ser perigosa e desencadear um câncer de pele agressivo; profissionais explicam

Por Maraísa Bueno
4 jun 2025, 10h00
.
Junho Preto é o mês de conscientização sobre o melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele (./Freepik)
Continua após publicidade

Muitas pessoas possuem pintas espalhadas pelo corpo e, às vezes, é preciso redobrar a atenção e entender se elas estão crescendo ou sofrendo algum tipo de alteração de cor. Esse é um dos diagnósticos do melanoma, um tipo de câncer de pele muito agressivo, mas que, com o diagnóstico precoce, há chances de sucesso no tratamento. 

“O melanoma maligno avançado é uma doença muito agressiva, historicamente com prognóstico ruim, possuindo alto risco de metástase se não for identificado precocemente. Já os tumores de pele não melanoma, como o carcinoma epidermoide e o carcinoma basocelular, são os mais comuns”, explica o Dr. Ramon Andrade de Mello, oncologista do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia.

E o profissional completa: “Os cânceres de pele ocorrem devido a replicação desordenada das células da pele, levando a formação de um tumor maligno”.

Quais os fatores de risco do melanoma?

São diversas as causas para o desenvolvimento do melanoma, entre elas, histórico familiar, alterações genéticas, fototipo de pele e, uma das principais: exposição ao sol sem o uso de protetor solar. 

Continua após a publicidade

“A exposição solar desprotegida é realmente preponderante para o desenvolvimento do câncer de pele. Isso é especialmente preocupante no Brasil, onde a incidência de radiação solar é muito elevada”, diz o oncologista. 

Por isso que utilizar protetor solar é extremamente importante não apenas para cuidar da sua pele, mas também para protegê-la contra o melanoma “É importante também evitar a exposição solar entre 10h e 16h da tarde, período em que a radiação solar é mais forte. Nesse horário, prefira a sombra”, aconselha a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Doença silenciosa

Mas não apenas a exposição ao sol é causa do câncer de pele. O melanoma é extremamente silencioso: “Ele pode se manifestar através do desenvolvimento de alterações da pele, como sinais e pintas desproporcionais”, explica Dr. Ramon. 

Continua após a publicidade

Por isso, o autoexame da pele é tão importante, auxiliando na detecção precoce do melanoma, o que eleva as chances de cura para mais de 90%. “O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, com histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, com uma grande quantidade de pintas, que se expuseram excessivamente ao sol antes dos 30 anos ou sofreram queimaduras”, explica a Dra. Claudia Marçal.

E quando realizar o exame? Preferencialmente uma vez por mês. A dermatologista trouxe o passo a passo:

  • Em frente ao espelho em um lugar com boa iluminação, comece examinando o rosto, principalmente nariz, lábios, boca e orelhas, além do couro cabeludo, o que pode ser feito com ajuda de um pente para separar os fios. 
  • Em seguida, foque no pescoço, peito e tórax e não se esqueça da nuca e abaixo dos seios.
  • Nos braços, verifique axilas, antebraços, cotovelos e mãos, inclusive entre os dedos. 
  • Com a ajuda do espelho ou de outra pessoa, atente-se às costas, nádegas e pernas.
  • Sente-se para olhar também o interno das coxas, área genital, tornozelos e pés, incluindo a sola e o espaço entre os dedos.
Continua após a publicidade

Durante o autoexame, seu objetivo é verificar a existência de lesões preocupantes, usando a regra ABCD (assimetria, borda, cor e diâmetro). “Dividimos a lesão em quatro partes iguais e comparamos os quadrantes. Caso a pinta seja assimétrica, tenha bordas irregulares, várias cores ou diâmetro maior que 6 mm, é motivo de atenção”, comenta Dra. Claudia. 

Mas fique atento: qualquer lesão que coce, doa, sangre ou que aumente de tamanho com rapidez também é preocupante. Ao notar qualquer um desses sinais, é importante buscar um médico. “A dermatoscopia é um dos principais exames utilizados para identificar lesões suspeitas na pele. Porém, somente a biópsia dessa lesão é que vai definir o diagnóstico”, destaca o Dr. Ramon Andrade de Mello.

O oncologista explica que, uma vez confirmado o diagnóstico de câncer, o tratamento do melanoma é definido de forma individual, caso a caso, sempre conversado com o profissional responsável. “Via de regra, o tratamento padrão para o câncer de pele é a cirurgia, mas a quimio e a imunoterapia também podem ser indicadas, além das terapias-alvo, uma abordagem inovadora que representa um grande avanço tecnológico para a oncologia. Com elas, é possível localizar os alvos celulares e manipulá-los para impedir o desenvolvimento dos tumores”, finaliza.

Continua após a publicidade

Acompanhe o nosso WhatsApp

Quer receber as últimas dicas e matérias incríveis de Boa Forma direto no seu celular? É só se inscrever aqui, no nosso canal no WhatsApp.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.