Saúde do coração: é seguro praticar atividades físicas com doenças cardiovasculares?

Cardiologista afirma que cada situação precisa ser tratada de uma forma diferente

Por Maraísa Bueno
Atualizado em 10 jul 2025, 14h14 - Publicado em 9 jul 2025, 18h00
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Profissional explica que exercícios físicos são fundamentais para a saúde do coração, mas, em pacientes com doenças cardiovasculares, precisam ser prescritos de forma individualizada (./Freepik)
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Doenças cardiovasculares afetam não apenas o coração, mas também os vasos sanguíneos (artérias e veias). Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), elas são responsáveis por cerca de 400 mil óbitos anuais, ou seja, a cada 90 segundos, uma pessoa morre por alguma complicação cardiovascular. 

Essas sãos doenças são desde infarto do miocárdio, hipertensão arterial, AVC, insuficiência cardíaca, entre outras. Além da alta mortalidade, as doenças cardiovasculares afetam bastante a qualidade de vida, fazendo com que atividades rotineiras sejam controladas e limitadas. 

E uma questão que diversos profissionais da área recebem diariamente é: praticar atividade física pode ser segura para quem já tem uma condição cardiovascular?

Segundo o cardiologista, Dr. Rafael Marchetti, a resposta não é tão simples assim: “Os exercícios físicos são fundamentais para a saúde do coração, mas, em pacientes com doenças cardiovasculares, precisam ser prescritos de forma individualizada”, explica.

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O profissional afirma que atividades físicas podem ser praticadas por todos, desde que a intensidade seja ajustada com a condição de cada pessoa. “Mesmo após um infarto ou cirurgia cardíaca, a atividade deve começar ainda no hospital, na chamada Reabilitação Cardíaca Fase 1, e continuar com aumento progressivo da intensidade, sempre com acompanhamento profissional. A intensidade e o tipo de exercício devem ser definidos com base no histórico clínico de cada paciente de forma particular por cada profissional”.

Não deixe de realizar a avaliação médica

Sempre antes de iniciar qualquer atividade física, pessoas com problemas cardíacos devem passar por uma avaliação médica completa. “A avaliação clínica especializada é a etapa mais importante, ela que vai definir quais exames complementares são necessários para cada caso. Não existe uma lista de exames prontos que servem para todos”, afirma o Dr. Rafael.

Quais exercícios devem ser evitados?

Até mesmo exercícios intensos podem ser liberados, mas novamente, sendo realizados apenas sob supervisão médica. Uma pessoa que teve um infarto ou operou o coração, ela pode sim voltar a correr longas distâncias, mas sempre com o cuidado e orientação necessária de profissionais. 

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O importante é estabelecer um programa de treinamento individualizado, iniciar com baixa intensidade, trabalhar todos os aspectos da aptidão física (como força, condicionamento, flexibilidade e equilíbrio) e evoluir com o passar do tempo. “Acompanho pessoas que têm melhor aptidão física agora, após sofrerem infarto ou operarem o coração, do que estavam antes, essa é a magia da reabilitação cardíaca, que na fase 4 é feita com supervisão à distância, permitindo uma vida normal para o cardiopata”, ressalta o profissional.

“Lembrando que a prática de exercícios é um dos principais elementos do tratamento cardiovascular, superando muitas vezes o uso de medicamentos e/ou procedimentos no aumento da sobrevida e na melhora dos sintomas”, conclui Dr. Rafael.

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