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Tudo o que você precisa saber sobre o hormônio TSH

Responsável por estimular a tireoide, o hormônio é a chave para descobrir disfunções da glândula

Por Amanda Ventorin
Atualizado em 21 out 2024, 16h32 - Publicado em 10 out 2021, 14h00
mulher tocando o seu pescoço
 (SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
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Produzido na hipófise, pequena glândula situada centralmente no cérebro, o TSH (Thyroid Stimulating Hormone) é um hormônio responsável por estimular a tireoide a produzir T3 e T4. Através dele, também, é possível saber se a produção está equilibrada. “Se o TSH está aumentado, significa que o T3 e T4 estão baixo e caso esteja baixo, o T3 e T4 tendem a estar elevados”, conta o endocrinologista Fabrício Siano. 

Mas o que eles fazem?

A tireoide é uma glândula em formato de borboleta que se localiza na região anterior do pescoço, próximo do pomo de adão e é essencial para a manutenção do funcionamento adequado de todos os sistemas do organismo e do metabolismo. Os hormônios tireoidianos T3 e T4 são produzidos pela glândula. Quando sua produção é escassa, ocorre o hipotireoidismo e quando é em excesso, hipertireoidismo.

Valores de referência

O diagnóstico das disfunções da tireoide é feito através das dosagens dos níveis sanguíneos do TSH  e sua alteração significa disfunção da glândula tireoide. Seu valor de referência ficam entre 0,5 e 4,5 mU/L para ser considerado eutireoidiano (normal), mas isso pode sofrer variações. “Podem variar dentre os diferentes laboratórios, portanto, quando se avalia o TSH o valor de referência fornecido pelo laboratório onde foi dosado deve ser levado em consideração”, conta Lorena Lima Amato, endocrinologista. 

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Possíveis sintomas de alteração hormonal

Os sintomas podem se divergir dependendo da maneira que o T3 e T4 estão sendo produzidos (menos ou a mais do que se precisa). “O TSH baixo, em geral, é reflexo de Hipertireoidismo, que significa funcionamento aumentado da glândula tireoide”, explica Lorena, “Já o TSH alto, pode ser um sinal de hipotireoidismo, que significa a diminuição da função da glândula tireoide”. 

Relacionados ao TSH alto (hipotireoidismo) os sintamas relacionados são:

  •  Bócio: (o aumento do tamanho da glândula tireoide, que se torna facilmente perceptível como um abaulamento na região anterior do pescoço)
  • Pele grossa, ressecada e fria
  • Inchaço ao redor dos olhos (periorbital)
  • Intolerância ao frio
  • Sonolência
  • Desânimo
  • Lentificação do pensamento, dificuldade de concentração
  • Ganho de peso – mas atenção: “o ganho de peso devido ao Hipotireoidismo é somente de poucos quilos e relacionado à retenção de líquidos. Uma pessoa não se torna obesa somente pelo Hipotireoidismo”. 

Ao TSH baixo (hipertireoidismo):

  •  nervosismo
  • sudorese excessiva
  • tremores
  • diarreia
  • diminuição do apetite
  • fraqueza
  • palpitações
  • perda de peso
  • irregularidade menstrual

Tratamentos

Uma vez detectado a alteração nos hormônios, uma dosagem com anticorpos é feita para confirmar o laudo médico. “ Se a alteração foi sugestiva de hipotireoidismo, que cursa com TSH alto e T4 livre baixo, em geral, a investigação se faz pela pesquisa de autoimunidade tireoidiana, com dosagens sanguíneas de anticorpos que podem levar ao hipotireoidismo, como anticorpo anti tireoperoxidase e anti tireoglobulina”, exemplifica Lorena.

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Fabrício Siano explica que o tratamento para hipotireoidismo deve ser feito com levotiroxina (repõe o hormônio tireoidiano), que é o tratamento de escolha a longo prazo e deve ser ajustado de acordo com a idade, peso e outras patalogias que o paciente pode apresentar. “A reposição deve ser iniciada com doses baixas e ajustadas, até que seja atingida a dosagem ideal, devendo ser reavaliada (pelo endocrinologista) a cada 6 ou 8 semanas”.

Já em casos de hipertireoidismo, segundo o endocrinologista, o tratamento depende da causa etiologiva, podendo ter abordagem cirúrgica, com iodo radioativo ou medicamentos que inibam a formação de hormônio tireoidiano.

 

 

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