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Micose: esclareça 10 dúvidas sobre sintomas, tratamentos e as formas de prevenção

Os lugares quentes e úmidos são os preferidos dos fungos, seres microscópicos que estão em todo canto. Eles causam infecções na pele e nas unhas - a popular micose. Saiba como se livrar da chateação.

Por Cristina Nabuco (colaboradora)
Atualizado em 21 out 2024, 19h19 - Publicado em 26 jun 2014, 22h00
Cristina Nabuco - Edição: MdeMulher
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Existem mais de 1 milhão de espécies de fungos, mas apenas 100 tipos causam infecções.
Foto: Mari Queiroz

 

1. Apareceram manchas brancas nas minhas costas. Pode ser micose?
Talvez. Um dos fungos causadores de micose pertence à espécie pitiríase versicolor, popularmente chamada de pano branco. Eles surgem como manchas esbranquiçadas ou acastanhadas, em geral nas costas e no pescoço, que descamam e podem ser acompanhadas de coceira leve. São mais comuns em quem abusa de óleos de banho e protetor solar muito gorduroso.


2. Existe o risco de aparecer em outras partes do corpo?
Sim. Nas partes quentes e úmidas, como o couro cabeludo, a virilha e as axilas. No primeiro caso, há queda dos fios, além de descamação, vermelhidão e coceira nas áreas afetadas. Já na virilha e nas axilas podem surgir manchas avermelhadas, acompanhadas de coceira intensa, especialmente no verão.


3. Micose sempre coça?
Coceira é um sintoma comum, mas não obrigatório. Há micoses que não coçam e outras doenças que produzem coceira, embora não tenham nada a ver com fungos. Conclusão: é importante uma avaliação dermatológica.

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4. Rachaduras entre os dedos dos pés também é micose?
É o tipo mais popular de micose, chamada de pé de atleta e frieira. A pele entre os dedos fica esbranquiçada e descama, produzindo coceira intensa e erosões, que deixam o local em carne viva. O pé também pode ser alvo de outro tipo de micose, batizado de pé seco. Os principais sintomas são ressecamento e descamação intensa. Essa infecção afeta especialmente quem vive de sapato fechado, dia após dia.


5. Unha do pé amarelada indica perigo?
É um sintoma sugestivo de micose de unha (onicomicose), bastante frequente em adultos. “Também pode ocorrer nas mãos”, informa Márcia Pontes. Os responsáveis são diferentes fungos, que se alojam nas unhas, alterando sua forma e coloração: às vezes, elas se tornam frágeis e quebradiças e outras vezes, espessas e endurecidas. Chegam, inclusive, a se descolar da pele dos dedos.


6. O maior prejuízo é estético?
As micoses geralmente são superficiais: os fungos se restringem à camada externa da pele, alimentando-se de uma proteína chamada queratina. Mas pode acontecer de eles invadirem as camadas mais profundas e, por meio da circulação, se espalhar no organismo, causando danos a pulmões, intestino, ossos e até ao sistema nervoso. O diagnóstico e o tratamento corretos são indispensáveis.


7. Posso usar esmalte na unha com micose?
A dermatologista Márcia Pontes recomenda usá-lo no fim de semana, daí retirar e nos dias seguintes fazer o tratamento. Muitas vezes, é necessário passar um remédio no local. Ela assegura que o esmalte não piora o quadro nem existe o perigo de contaminar o pincel e levar o fungo para as outras unhas.

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8. Como é o tratamento?
É feito com pomada antifúngica de aplicação local. Conforme a extensão e a área afetada, é recomendada também a medicação por via oral, diária ou semanal. Na micose de unha, pode haver a indicação para o emprego de laser. Além disso, é importante lavar diariamente a área infectada e secar muito bem sem friccionar e usar toalhas diferentes para outras áreas do corpo. Atenção: não passe pomadas por conta própria, muito menos aquelas à base de cortisona. “Elas podem mascarar os sintomas e retardar a melhora”, diz Tatiana Gabbi, secretária do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Também nada de espalhar violeta genciana, iodo e receitas caseiras.


9. É verdade que a cura pode demorar meses?
Depende do tipo de micose, do fungo e do local. Um dos casos mais complicados é o da micose de unha porque o fungo se instala em uma região de difícil acesso para os medicamentos. Em outras partes do corpo, os sintomas podem desaparecer antes do fim do tratamento, dando a falsa impressão de cura, que demora no mínimo seis meses. Ao interromper a medicação precocemente, a micose tende a voltar.


10. O que fazer para prevenir?
Para diminuir o risco de contágio, use chinelo quando for tomar banho em vestiários de clubes e academias. Após o banho, enxugue bem as áreas de dobras, como virilhas, axilas e o espaço entre os dedos. No caso de suar muito nos pés, use talco antifúngico regularmente. Não fique com roupas úmidas por tempo prolongado. Jamais compartilhe toalhas, ainda mais se estiverem molhadas, quentes ou mal lavadas. Certifique-se de que os objetos de manicure, como alicates de cutícula e tesouras, são esterilizados em autoclave, e as lixas e os palitos, descartáveis. Melhor ainda é você ter seu kit exclusivo. Os sabonetes bactericidas são recomendados, mas sem exagero: usados diariamente, eles podem retirar a oleosidade natural da pele, deixando-a mais ressecada e vulnerável a fungos oportunistas.

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