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Spotting: é normal sangrar fora do período menstrual?

O spotting, ou pequenos sangramentos fora do ciclo menstrual normal, é comum, mas isso não significa que não devem ser investigados

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h31 - Publicado em 15 nov 2021, 08h00
spotting
 (Cliff Booth / Pexels/Divulgação)
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Vira e mexe, você é surpreendida com uma gotinha de sangue na calcinha. A menstruação já passou e, em teoria, está longe de acontecer de novo, mas lá está aquela manchinha. Não parece nada, então, você nem dá bola. Na semana seguinte, a mesma coisa. Uma gotinha aqui, outra ali. O ciclo vem e vai e, de vez em quando, você percebe esses micro-sangramentos. Será que isso é normal? 

O que é spotting?

Esse acontecimento tem nome, “spotting”, e caracteriza o sangramento irregular, normalmente em pequena quantidade, fora do período menstrual. O nome diz respeito ao termo “spots” em inglês, ou seja, “pontos” ou “manchas”, de forma que são sangramentos tão pequenos que até podem sujar a calcinha, mas dificilmente precisam de um absorvente para serem contidos. 

“Trata-se de um sintoma não tão incomum e que pode ocorrer em todas as idades”, explica Thais Domingues, médica especialista em reprodução assistida da Huntington Medicina Reprodutiva. “Geralmente, são queixas muito comuns entre as usuárias de anticoncepção hormonal e nos 3 a 6 primeiros meses de uso. Porém, podem ocorrer também com uso concomitante de medicamentos que afetem a absorção e/ou metabolização hormonal, como antibióticos”. 

O que fazer em caso de spotting

Apesar de ser relativamente comum, não significa que as causas desses pequenos sangramentos não precisam ser investigadas. De acordo com a médica, é preciso descobrir o porquê desse sintoma. “Pode ser uma consequência de processos normais (ditos fisiológicos) da mulher em idade fértil, como decorrente da ovulação ou um sinal precoce de uma gravidez (implantação, “nidação”). Mas sempre precisamos excluir causas anormais de sangramento (patológicas), como endometriose ou lesões no colo do útero / vagina”, explica.

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Para que esses diagnósticos sejam excluídos, o ginecologista pode lançar mão de alguns exames de praxe, como o ginecológico e o ultrassom transvaginal. Mas, principalmente, deve contar com uma boa história clínica para garantir uma avaliação precisa. 

Como é de se esperar, os tratamentos serão de acordo com as causas específicas. “Muitas vezes, é apenas uma adequação de anticoncepcional e orientação”, finaliza a médica. 

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