Cirurgia bariátrica leva a mais divórcios e também casamentos, diz estudo

As mudanças no estilo de vida da paciente favorecem tanto mais separações como novos relacionamentos

Por Camila Junqueira, Gislene Pereira
Atualizado em 21 out 2024, 17h34 - Publicado em 11 abr 2018, 15h28
Casal cirurgia bariátrica
 (monkeybusinessimages/Thinkstock/Getty Images)
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A cirurgia bariátrica, indicada para quem tem um alto Índice de Massa Corpórea (IMC), é um procedimento que traz vários benefícios para o organismo, já que diminui o risco de o indivíduo desenvolver doenças como hipertensão e diabetes. Agora, pesquisadores descobriram os efeitos que o procedimento traz aos relacionamentos amorosos, tanto para os solteiros quanto para quem está casado.

Segundo o estudo da Sahlgrenska Academy, departamento da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, a cirurgia bariátrica pode provocar um aumento de divórcios e também de casamentos. O motivo: a mudança no estilo de vida do paciente, que leva a mudanças significativas no aspecto social.

Os pesquisadores viram que, enquanto os solteiros se sentem mais dispostos e confiantes para conhecerem pessoas novas, quem já está comprometido precisa se adaptar à nova rotina com o parceiro para evitar separações.

Mais do que o emagrecimento, a intervenção leva a um aumento na qualidade de vida e na autoestima – justificativas para uma maior disposição para investir nas relações sociais. Os pacientes se tornam mais extrovertidos e vaidosos, facilitando o início de um novo relacionamento.

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O estudo destaca que, ironicamente, o procedimento também causa mais términos e divórcios. Os motivos não são claros, mas os pesquisadores sugerem que o novo estilo de vida do paciente pode impactar negativamente no relacionamento. Além disso, o aumento da autoconfiança ajuda as pessoas a saírem de ligações afetivas potencialmente abusivas.

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“É importante ressaltar que a cirurgia bariátrica não causa problemas automaticamente. Investigações anteriores mostram que a maioria dos relacionamentos são fortalecidos ou não sofrem alterações”, aponta o professor Per-Arne Svensson, que comanda a pesquisa. A intenção é mostrar uma projeção das mudanças na vida social do paciente para adiantar um suporte psicológico, se necessário. 

 

 

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