Movimento

Maratona do Rio de Janeiro 2025: muito calor (humano)!

Edição trouxe perrengues, altas temperaturas e pessoas de todo o Brasil

Por Maraísa Bueno
24 jun 2025, 12h00

Mais uma edição da Maratona do Rio de Janeiro aconteceu entre os dias 19 e 22 de Junho. Pela terceira vez, fui correr a prova dos 21km, que aconteceu no sábado, dia 21 de junho. Mas a história começa sempre muito antes: planejamento, passagem, hospedagem e inscrição.

A cidade respira essa corrida (mesmo acontecendo a Bienal do Livro simultaneamente no mesmo final de semana), principalmente entre as regiões de Leblon até a Marina da Glória (literalmente o percurso das provas).

A cada ano sempre há algo novo e o que eu posso dizer é que, nesses três anos seguidos, o que aumentou foi o público. Mais e mais pessoas se desafiam para essa prova, que traz um visual incrível do Rio de Janeiro, onde você corre sendo vigiado pelo Cristo Redentor e tendo como plano fundo não só as praias lindas, mas também o Pão de Açúcar.

Acabei não conseguindo realizar a inscrição de primeira e dei sorte de conseguir na “raspa” que foi feita cerca de 30 a 40 dias antes da prova. A retirada do kit também foi uma surpresa: uma fila quilométrica para acessar a Casa Maratona, algo que nunca havia acontecido comigo nas edições anteriores. E, claro, meu kit foi apenas o número de peito (algo que acredito ser pouco para os R$ 262,90 pagos na inscrição).

Dentro da Casa Maratona, a organização não falhou em direcionar as pessoas para os lugares certos para a retirada dos kits de cada distância. O espaço foi bem aproveitado dessa vez — as ativações das marcas estavam espalhadas não só dentro, mas também ao redor da Casa. — e isso fez com que as pessoas pudessem aproveitar mais por lá, tanto na retirada do kit, como também após a prova.

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21km debaixo de muito sol

O Rio não decepciona no calor! (./Divulgação)

A largada para os 21km foi realizada em ondas, o que foi ótimo, visto que é a distância com o maior número de inscritos. A minha largada aconteceu pontualmente às 7h15.

E claro que o Rio de Janeiro não ia decepcionar no tema calor. Apesar da prova acontecer no início do inverno, o sol não perdoou. A cada 3km havia um posto de hidratação, mas nos últimos postos (mais precisamente no km 18), apenas um lado tinha água para os atletas.

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O que acredito que possa melhorar são os postos de isotônicos, que são servidos em copos para os atletas, algo que normalmente atrapalha, pois o objetivo de muitos é não parar de correr e ter praticidade na hora da hidratação. Nos primeiros postos, não consegui pegar, pois não havia copos suficientes para quem estava passando naquele momento. Só fui conseguir pegar um copo no último posto.

A cada quilômetro dos 21 percorridos, há uma história para contar — não apenas pela superação em conseguir correr essa distância, mas pelo percurso praticamente plano, o visual e o público que faz a diferença e sai de casa para torcer pelos atletas. A linha de chegada estava repleta de pessoas — o que também dificultou um pouco, pois elas vão se aglomerando e fechando a pista para verem conhecidos terminarem a prova, além da fiscalização pesada para os que não estavam com número de peito (os pipocas) não cruzarem o pórtico, pois, no primeiro dia, devido a falsificação de números de peitos, as medalhas da distância de 5km acabaram antes do tempo.

A Maratona do Rio se tornou um marco no calendário de provas de corrida do Brasil (acredito que até da América Latina, pela quantidade de gringos que também participaram da prova). A forma como a prova é dividida durante o feriado faz com que muitos atletas se desafiem nas 4 opções (5km, 10km, 21km e 42km). E, independente da distância, é sempre incrível correr na cidade maravilhosa.

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