Pull down: entenda a diferença entre barra reta e corda no treino para costas
Profissional detalha como cada um dos exercícios contribui para seu treino de costas

O fortalecimento das costas é extremamente importante para evitar dores, lesões e, principalmente para quem trabalha durante muito tempo sentado, não ter as temidas dores devido à má postura. Entre um dos exercícios que ajudam nesse processo, o pull down se destaca, pois colabora para o desenvolvimento dessa região com eficiência.
“O pull down é um dos exercícios mais eficazes para desenvolver o dorso — principalmente o latíssimo do dorso, conhecido como “asas”, além de músculos importantes da região escapular e dos braços”, explica David Costa, Personal Trainer e Especialista em Hipertrofia Estética Inteligente.
O que é o pull down?
O pull down é um exercício feito na polia alta, que simula o movimento de puxar algo de cima para baixo. Ele trabalha os músculos responsáveis por trazer o braço em direção ao corpo, ou seja, atua na adução e extensão do ombro.
“É um exercício essencial para quem quer costas mais largas e fortes, ajudando também na melhora da postura e estabilidade dos ombros”, destaca o personal trainer.
Dentre as diversas variações do pull down estão o realizado na barra reta e na corda. “A versão com barra reta enfatiza mais o grande dorsal e o trapézio inferior, pela pegada mais fixa e ampla. Já a corda exige maior estabilização e ativação dos músculos do antebraço e do tríceps, além de permitir uma maior amplitude de movimento no final da puxada”, destaca Guilherme Leme, profissional técnico da Bio Ritmo.
Pull down com barra reta
No pull down com barra reta, a pegada é pronada (palmas viradas para frente) e um pouco mais aberta que a largura dos ombros. O movimento consiste em puxar a barra até a parte superior do peito, mantendo o tronco levemente inclinado e o peito aberto.
“Essa variação trabalha com mais intensidade o latíssimo do dorso e o redondo maior, favorecendo o alongamento muscular e o ganho de largura das costas. Por ser mais estável, é possível usar cargas maiores sem perder a qualidade do movimento”, afirma David.
O profissional destaca que um erro comum é projetar o tronco para trás ou puxar com o corpo. “O ideal é manter o abdômen firme, o movimento controlado e evitar o impulso”.
Como executar corretamente:
- Segure a barra com pegada pronada e mãos um pouco mais afastadas que a largura dos ombros.
- Mantenha o tronco levemente inclinado para frente, peito aberto.
- Puxe a barra até a parte superior das coxas, focando em trazer os cotovelos para baixo e para trás.
- Retorne lentamente à posição inicial, controlando o movimento.
Pull down com corda
Já o pull down com corda é feito com pegada neutra (palmas voltadas uma para a outra). “A principal diferença é que a corda permite abrir o movimento no final da descida, o que aumenta a amplitude e a capacidade de contrair mais intensamente os dorsais inferiores”, explica David.
Essa variação costuma ser usada nas fases finais do treino, quando o objetivo é focar na consciência muscular e na qualidade da contração, não tanto na carga. “Por exigir mais controle e estabilidade, ela também envolve de forma mais intensa os músculos estabilizadores da escápula e o core”, disse o profissional.
Ele ainda completa que o cuidado principal é não abrir demais os cotovelos nem girar os punhos para trás, o que pode tirar o foco dos dorsais e sobrecarregar o ombro.
Como executar corretamente:
- Segure as pontas da corda com pegada neutra.
- Puxe as extremidades da corda em direção ao peito, abrindo as mãos ao final da puxada.
- Concentre-se em contrair as costas e manter o abdômen firme.
- Retorne de forma controlada, sem soltar os pesos.
Qual escolher?
Os profissionais explicam que as duas variações são eficazes, mas com finalidades diferentes. O pull down com barra reta é mais indicado quando a intenção é gerar força, estabilidade e volume na parte média das costas. Já o pull down com corda é ideal para refinar a execução, aumentar a consciência muscular (controle motor) e trabalhar o controle escapular.
“O ideal é alternar entre as duas ao longo das semanas de treino, pois assim você garante um estímulo mais completo para as costas“, finaliza Guilherme.
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