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Excesso de carne e processados pode causar câncer de intestino

Em 2023, ocorreram cerca de 1,1 milhão de novos casos da doença. Veja quais riscos o excesso de carne e processados oferece

Por Ana Paula Ferreira
8 mar 2024, 14h39
Veja dados sobre o câncer de intestino
Veja dados sobre o câncer de intestino (Freepik/Divulgação)
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O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, tem como uma das principais causas o consumi excessivo de carnes e alimentos processados.

Doença que se desenvolve no cólon ou no reto, ele ocorre quando as células dessas áreas sofrem mutações genéticas, começam a crescer de forma descontrolada e formam tumores malignos.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil.

Entre os homens, em 2023, ocorreram cerca de 1,1 milhão de novos casos, com um risco estimado de 23,40 casos a cada 100 mil homens. Já entre as mulheres, 865 mil casos novos, sendo o segundo tumor mais frequente, com taxa de incidência de 16,20 casos a cada 100 mil mulheres.

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Thiago Assunção, oncologista especializado em câncer de cólon do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), aponta quais são as principais causas da doença.

“Dentre as principais causas, podemos citar a idade, ingestão excessiva de carnes vermelhas e alimentos processados, obesidade, consumo de álcool e tabaco, história familiar de câncer de cólon, passado de pólipos em exames prévios e síndromes genéticas-hereditárias específicas”, diz.

Mais dados sobre câncer no intestino

Nos últimos dez anos, houve um aumento de 64% no número de internações por câncer de intestino. A pesquisa foi realizada pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).

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“A melhor prevenção para esses casos é manter uma atividade física regular cinco vezes por semana (ao menos 30 minutos por dia), uma dieta rica em vegetais, grãos integrais, frutas e fibras (a chamada dieta mediterrânea) e realizar o screening com colonoscopia quando indicado pelo seu médico”, afirma Assunção.

Nos últimos anos, as evidências para a antecipação do exame de colonoscopia se tornaram mais fortes, sobretudo tendo em vista o aumento da incidência desta doença em pacientes mais jovens. Dessa forma, hoje, se indica o início do rastreamento aos 45 anos para a grande maioria da população.

Segundo o médico, tem crescido o entusiasmo para a imunoterapia em cenários bem específicos e ainda o uso de pesquisa de DNA tumoral na circulação, para indicar, contraindicar e ainda avaliar a resposta do tratamento oncológico.

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“Os cânceres colorretais tiveram avanços em seu tratamento nos últimos anos. Hoje, conseguimos estratificar melhor os pacientes com base nos seus perfis moleculares e indicar tratamentos personalizados, direcionados para alterações específicas. Se identificado precocemente, temos taxas de cura superiores a 95%.”, finaliza o oncologista do IPC.

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