Continua após publicidade

Óleos de coco x óleo de canola: qual a melhor opção na dieta?

O programa Bem-Estar (Globo), da última terça-feira (18), gerou uma polêmica em torno da melhor opção de óleo para ser consumida. A nutricionista Ana Maria Lottenberg, consultora do quadro, falou mal do óleo de coco e defendeu o de canola. Os adeptos de uma alimentação saudável questionaram o posicionamento da especialista e do programa. E a pergunta ficou no ar: afinal, qual é a melhor opção para o consumo? BOA FORMA investigou o assunto

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 29 out 2016, 01h44 - Publicado em 25 ago 2015, 15h42

Canola

É uma versão modificada da colza (Brassica napus), uma planta da mesma família da mostarda que, originalmente, contém uma quantidade significativa de substâncias tóxicas. Na canola, esses componentes aparecem numa concentração abaixo de 2% e, por isso, o óleo é considerado seguro para o consumo. Mesmo assim alguns profissionais da área da saúde e da nutrição recomendam não aquecer o produto a uma temperatura próxima a 180º C, com o risco de mudar a estrutura das moléculas de gordura. “Quando isso acontece, elas reagem com o oxigênio do ar – combinação que resulta em aldeídos e peróxidos de lipídio”, explica Fabio Cardoso, médico especialista em medicina preventiva e longevidade, de Blumenau (SC). Essas substâncias, mesmo em pequenas quantidades, especialmente no caso dos aldeídos, são relacionadas a uma incidência maior de doenças cardiovasculares e de câncer. A cor e o cheiro também podem ser usados de termômetro – qualquer mudança em uma dessas características, sinaliza que o óleo foi degradado.

O lado bom do óleo de canola: é fonte de EPA e DHA, substâncias antioxidantes essenciais ao organismo e consideradas fortalecedoras do sistema imunológico. Ele também contém ômega-3.

 

Óleo de coco

Feito com a polpa da fruta fresca, o óleo de coco melhora o funcionamento da glândula tireoide e, com isso, estimula o metabolismo e auxilia na queima do excesso de gordura. De acordo com um estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, o mérito é especialmente da gordura saturada, que vira energia assim que chega ao fígado. Resultado: não sobra gordura para ser acumulada na cintura e, ainda, você ganha pique. E esses benefícios são mantidos mesmo quando o óleo de coco é aquecido. Por ser resistente a altas temperaturas, até 200º C, é uma ótima alternativa para o preparo de sopas, ensopados, molhos e assados. “O óleo de coco ainda protege o coração. Isso porque é capaz de reduzir os níveis do chamado colesterol ruim, o LDL, além de reforçar a imunidade e melhorar a flora intestinal”, complementa o médico.

O lado ruim do óleo de coco: o gosto do coco interfere no sabor da sua receita. “Para quem tem uma tolerância reduzida ao seu sabor, basta aumentar o tempo do óleo de coco em fogo brando, antes de refogar os alimentos, para que o aroma se dissipe”, ensina Christine Erika Vogel, nutricionista do Rio de Janeiro. 

Publicidade