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Claudia Raia: por que o cabelo cai tanto no pós-parto?

A atriz revelou ter sofrido com eflúvio telógeno após o nascimento do seu último filho. Entenda o que é e como lidar!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h35 - Publicado em 18 out 2023, 15h30
Claudia Raia
Claudia Raia com o filho Luca | (Instagram @claudiaraia/Divulgação)
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Em recente entrevista, a atriz Claudia Raia, de 56 anos, relatou que sofreu com uma queda intensa dos fios após o nascimento do seu último filho, Luca, fruto do relacionamento com o ator Jarbas Homem de Mello. “Depois de três meses que o Luca tinha nascido, comecei a sentir uma peruca caindo do meu cabelo a cada vez que eu escovava ou lavava os fios”, disse.

“Eu já tinha percebido o afinamento do fio, principalmente nas pontas, então era uma coisa que eu já estava cuidando (…) É um tema que ninguém fala muito. Às vezes até por falta de informação, as mulheres começam a sentir a queda de cabelo e não percebem que é por causa do pós-parto e que isso faz parte e que tem tratamento”, completou.

Ainda na entrevista, a atriz contou que seu médico indicou o consumo de vitaminas via oral e o uso de shampoos anti-queda e tônicos para lidar com o problema.

A seguir, saiba mais sobre o eflúvio telógeno, condição que acomete diversas mulheres durante o puerpério:

POR QUE É COMUM A QUEDA DE CABELO PÓS-PARTO?

De acordo com a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista com pós-graduação em endocrinologia e metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, os hormônios femininos têm relação com o desenvolvimento e a boa textura do cabelo. Por essa razão, durante a gravidez, quando eles estão em profusão, ocorre uma vasodilatação no bulbo capilar, o que ajuda a trazer mais nutrientes e oxigênio e, consequentemente, a tornar os fios mais brilhantes, densos, fortes e com crescimento acima da média.

“Durante a gestação, por conta do estímulo dos hormônios femininos nos cabelos, as madeixas ficam em fase anágena, ou seja, de crescimento. Então, no geral, as gestantes, a não ser aquelas com deficiência de ferro, anemia ferropriva, deficiência de ácido fólico ou ainda de vitamina D, apresentam uma qualidade capilar de excelência”, explica a Dra. Lilian Brasileiro, médica especialista em dermatologia.

Entretanto, no pós-parto, acontece uma diminuição acentuada dos hormônios femininos, favorecendo a queda. “Esse fenômeno é chamado de eflúvio telógeno pós-gestacional“, especifica.

“Pode começar principalmente nos primeiros quatro a seis meses. Há uma baixa dos hormônios femininos no pós-parto e, muitas vezes, durante essa fase, a paciente pode acabar não descansando o suficiente, não se alimentando como deveria e, é claro, também temos a questão da amamentação. Então, o quadro de estresse físico e emocional com a alteração hormonal pode levar à queda capilar”, fala a Dra. Lilian.

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COMO TRATAR? 

Embora o eflúvio telógeno possa ser resolvido sozinho, existem algumas medidas que podem ser adotadas para melhorar o processo de recuperação e minimizar a perda dos fios. “Podemos checar os níveis férricos, a situação dos hormônios femininos, da tireoide, da vitamina D, do zinco e do ácido fólico e, caso a mulher tenha alguma carência nutricional, uma recomendação pode ser a introdução de suplementos vitamínicos que sejam até mesmo específicos para a parte capilar“, detalha a especialista em dermatologia.

Além disso, cuidados tópicos podem ser colocados em prática, como a utilização de loções, tônicos e shampoos anti-queda. “E, no consultório, após o nascimento, podem ser usados tratamentos como laser fracionado não ablativo e a técnica de microinfusão de medicamentos”, afirma a médica.

“De maneira geral, melhorar a saúde do couro cabeludo, com maior aporte nutricional e incremento no processo de microcirculação, pode contribuir para o tratamento de variados tipos de queda capilar”, finaliza a Dra. Lilian Brasileiro.

 

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