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Peeling de fenol: técnica agressiva promete renovar a pele profundamente

O procedimento, que deve ser feito em um ambiente seguro, pode chegar a comprometer o coração. Entenda os riscos!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 4 jul 2023, 22h40 - Publicado em 29 jun 2023, 16h20

Nos últimos dias, o peeling de fenol viralizou nas redes sociais por ser um tratamento estético não invasivo que promete resultados realmente surpreendentes, proporcionando o rejuvenescimento facial profundo e a melhora de outras condições dermatológicas.

Pode ser realizado para clareamento da pele, melhora de rugas, alterações de pigmentação cutânea, tratamento de acne, cicatrizes, lentigo e queratoses solares ou seborreias, mas deve ter sua indicação precisa. Cada paciente deve ser avaliado individualmente para definirmos o fototipo (coloração da pele – Classificação de Fitzpatrick), o mais adequado é que seja indicado apenas para peles mais claras (Fitzpatrick I, II e III) para diminuir o risco de manchas após o procedimento”, afirma o Dr. Yuri Moresco, cirurgião plástico facial de adultos e crianças.

Apesar dos benefícios, a técnica, que é capaz de atingir as camadas mais profundas da derme, é bastante agressiva e, devido ao seu alto nível de toxicidade, o ideal é que seja executada em um centro cirúrgico, com anestesia e por um profissional habilitado.

COMO FUNCIONA?

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De acordo com o médico, o peeling de fenol envolve o uso de uma solução composta por fenol, água desmineralizada e óleo de cróton, e provoca uma queimadura química, que, ao longo do tempo, resulta na redução das linhas de expressão e manchas.

A regeneração desse processo começa após 48 horas e se completa em torno de 10 a 15 dias. Nesse período, é comum ocorrer o surgimento de uma crosta castanha-amarelada no rosto, lembrando uma “casca de árvore”.

“A aplicação ocasiona uma descamação das camadas mais superficiais e a formação de uma nova camada de colágeno na derme inferior”, diz.

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CUIDADOS

Como conta a Dra. Fernanda Nichelle, médica que atua na área estética, o pós-procedimento é bastante complicado e exige uma série de cuidados para evitar possíveis complicações, sendo que eles variam de acordo com a região onde o peeling foi feito. Entre os principais estão: evitar a exposição solar, reforçar a hidratação, não utilizar maquiagens ou outros cosméticos irritantes e não molhar o local.

Além disso, a especialista ressalta que alguns pacientes podem ficar com a limitação da abertura da boca e, para esses casos, é preciso manter uma dieta líquida-pastosa durante as primeiras 48h. “Também pode ser aplicada uma pomada ou uma medicação específica na face”, acrescenta.

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Vale lembrar que, diante da descamação da pele, não fique puxando as pelinhas e não coce, pois isso pode comprometer a cicatrização.

RISCOS

Quando não é aplicado corretamente, o peeling de fenol pode ser extremamente perigoso, podendo causar varias alterações de pigmentação, infecções, retrações das pálpebras, cicatrizes hipertróficas, vermelhidão cutânea persistente e até mesmo danos permanentes na pele. Por ser uma substância cardiotóxica, ou seja, que coloca em perigo o coração, o fenol também pode levar à uma arritmia ou parada cardíaca.

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“Para minimizar estes riscos a avaliação de um profissional habilitado, seja ele cirurgião plástico ou dermatologista, é de suma importância”, enfatiza o Dr. Yuri.

CONTRAINDICAÇÕES

“Não é indicado para pacientes que tenham problemas cardiológicos, gestantes, pacientes com doenças crônicas e pacientes que tenham problemas no fígado ou nos rins. Por isso, antes de querer fazer esse procedimento é muito importante ter avaliação médica completa de determinar esse tratamento, sempre procurar um profissional de confiança e que domine bem essa área estética”, alerta a Dra. Fernanda.

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