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Quiet quitting do skincare: a nova revolução dos cuidados com a pele

A ideia de usar poucos e bons produtos, que cumpram com o necessário para uma pele saudável, tem ganhado força no mundo da beleza

Por Marcela De Mingo
10 dez 2022, 08h00

Até então, o movimento “quiet quitting” parecia ser puramente profissional: são pessoas que decidiram fazer apenas o mínimo necessário no trabalho, em nome de uma vida com mais equilíbrio e saúde mental. Agora, a mesma ideia se tornou uma enorme tendência no mundo da beleza. 

Sim, é isso mesmo. Depois do boom das rotinas de skincare que surgiram durante a pandemia de coronavírus, e da crescente minimalista em todos os âmbitos da vida, essas duas trends se encontram no que tem sido chamado de “quiet quitting da beleza”. 

O conceito começou a crescer no TikTok, em que muitos influenciadores passaram a trocar a rotina de cuidados com a pele repleta de produtos e passos por uma mais simples com, sim, o mínimo necessário para mantê-la saudável. 

O movimento vai mais longe. Além de defender uma rotina de skincare com produtos o bastante para garantir a saúde de pele, pede também por um consumo consciente de produtos de beleza, buscando tirar a pressão de ter uma prateleira cheia de dermocosméticos – que muitas vezes nem usamos direito. 

O problema é que: apesar de parecer interessante, o excesso de uso de produtos para a pele e de esfoliações têm gerado um efeito rebote: muitas pessoas têm notado um aumento nas condições de pele (como a acne), resultado desse excesso de skincare. 

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Com o objetivo de encontrarem soluções rápidas para questões complexas (como a rosácea), muitas pessoas começaram a adotar rotinas super complexas que fazem mais mal do que bem à pele. 

COMO FUNCIONA O QUIET QUITTING DA PELE? 

A ideia, aqui, é ir na contramão da trend dos excessos, buscando compreender exatamente o que a sua pele precisa – e entregar apenas e somente isso. 

Conforme a Dra. Emma Wedgeworth explicou para a Glamour UK, um limpador facial, um sérum específico para a sua pele, um hidrante e um protetor solar são os produtos que constroem a base para uma rotina de cuidado com a pele de sucesso. Acredite, você não precisa de nada além disso. 

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Esses pilares podem ser ajustados à noite (por exemplo, você pode trocar a vitamina C usada pela manhã por um sérum de retinol), ou para se adequarem ao seu tipo específico de pele. 

“Mas você só precisa incorporar uma ou duas etapas na sua rotina para lidar com as principais questões da sua pele”, explica ela. 

E, sim, só porque você não tem centenas de produtos muito bem alinhados nas prateleiras do banheiro não significa que algo está faltando nos cuidados com a sua pele. O objetivo do quiet quitting, aqui é ser consciente sobre o que você coloca na pele e de que forma combina os ingredientes para ter o melhor resultado, sem estresses. 

A niacinamida, por exemplo, é um ativo que ajuda não só a controlar o excesso de oleosidade da pele como também reduz visivelmente os poros. Ajuda a melhorar a aparência de linhas finas e rugas, uniformiza o tom da pele e colabora para uma pele mais radiante e firme. Ou seja, pode ser usada com mais de uma função. 

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Para descobrir, claro, qual os ativos que, realmente, vão ajudar com as suas questões de pele, é preciso consultar um dermatologista. Mas fato é: parece que o quiet quitting da pele, apesar de ser um nome bonito, é só uma nova roupagem para uma tendência antiga, chamada “slow skincare”, mas que tem ganhado força nos últimos anos e promete ser uma revolução no mercado – e não só uma tendência: o uso de poucos e bons produtos, escolhidos a dedo e que mantém a saúde da pele em uma rotina sustentável e prática. 

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