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Como escolher sua escova de dente?

médico tira a duvida

Por Larissa Serpa
Atualizado em 27 set 2021, 19h18 - Publicado em 25 set 2021, 14h04

Para entender como devemos escolher as escovas dentais, primeiramente precisamos compreender como as doenças orais se formam e qual é o objetivo da escovação dos dentes.

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O causador das cáries dentais e das doenças gengivais é o chamado biofilme oral, placa bacteriana ou simplesmente placa.

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Ela se inicia a partir de uma proteína salivar que se adere e recobre todos os dentes, formando a chamada película adquirida. Como o passar do tempo somam-se a essa película as bactérias (presentes naturalmente em nossa boca) e também derivados da sacarose (provenientes dos restos de alimentos e bebidas). Esta placa inicialmente é fisiológica e inerte, porém, com o passar do tempo ela sofre uma maturação e estruturação, transformando-se em uma placa patológica, capaz de causar as cáries e doenças gengivais.

A completa prevenção destas doenças orais é facilmente obtida através da desorganização mecânica diária desse biofilme oral, com a utilização de escovas dentais de boa qualidade.

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Na realidade, essa escolha é algo muito simples e fácil, porém, muitas vezes as pessoas caem em armadilhas comerciais e acabam adquirindo escovas dentais inadequadas, pouco eficazes e que machucam os dentes e gengivas.

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Nunca devemos comprar uma escova por impulso, por ser uma novidade ou lançamento do mercado. Sempre desconfiar de promoções, preços muito baixos e principalmente escovas que anunciam múltiplas funções. Dicas para a escolha da escova dental:

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  1. Escolha uma escova que possua uma cabeça compacta, que possibilite alcançar todas as superfícies dentais e que  muitas vezes, estão localizadas em áreas de difícil acesso na boca;
  2. De preferência a um cabo liso, resiliente e oitavado. Isso dificulta a adesão de impurezas e acúmulo de microrganismos, além de possibilitar uma proteção adicional, pois o cabo pode absorver forças excessivas geradas durante o ato da escovação. A escovação deve ser realizada sempre de forma suave e sem força, com uma inclinação de aproximadamente 45° da cabeça da escova em relação as superfícies dentais. O design oitavado do cabo da escova dental, favorece naturalmente a empunhadura em forma de “caneta” ou “pincel”, e facilita o posicionamento da escova junto aos dentes. Através de movimentos circulares rápidos, com metade das cerdas apoiada sobre a coroa dental e metade apoiada sobre a margem gengival, as cerdas das escova devem penetrar ligeiramente nos sulcos gengivais e desorganizar o biofilme oral com maior eficiência, porém, de forma suave e sem machucar.
  3. Procure sempre por escovas que tenham o maior número possível de cerdas, pois isso melhora a eficiência na desorganização do biofilme oral. Algumas marcas de escovas indicam o número de cerdas no cabo, por exemplo, é o caso da escova dental “Velvet”, que é um marco mundial voltado para a higiene oral. Ela pode ser considerada “Golden Standard”, por ser uma referência e padrão comparativo de máxima qualidade das escovas dentais. Com 12.460 cerdas de um tipo de fibra ultramacia (Curen®) com apenas 0,08mm de diâmetro, é um produto com macies e eficácia máximas voltados à escovação dos dentes.
  4. Escolha sempre uma escova que tenha cerdas ultramacias para não machucar as gengivas e desgastar as superfícies dentais. Lembre-se que escovas duras machucam os tecidos orais ocasionando recessão gengival (retração) e provocam abrasão do esmalte (desgaste);
  5. Consulte um cirurgião-dentista regularmente e invista em escovas dentais de boa qualidade. Essa é a melhor maneira de prevenir as doenças orais (cáries dentais, gengivites e periodontites) e economizar com tratamentos odontológicos, muitas vezes caros e desconfortáveis.
RESPONDIDO POR:

*HUGO ROBERTO LEWGOY: Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; Professor Colaborador do Instituto de Pesquisas Nucleares (IPEN); Pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Instrutor da filosofia individually Training Oral Prophylaxis (iTOP); Pós-graduado em Implantodontia pela Miami University e University of Berna; Membro do International Team of Implantology (ITI); Consultor Científico da Curaden Swiss.

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