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Estimulação ovariana: o que é e como funciona?

Por RODRIGO ROSA
Atualizado em 21 out 2024, 22h28 - Publicado em 14 set 2022, 08h36
Mulher grávida sentada na cama
 (Saulich/Thinkstock/Getty Images)
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A estimulação ovariana, como o próprio nome diz, tem como objetivo estimular os ovários a liberarem um maior número de óvulos durante um único ciclo menstrual. No ciclo menstrual normal, múltiplos folículos, que são as estruturas que contêm os óvulos, são estimulados a crescer, mas apenas um amadurece o suficiente para liberar o óvulo em seu interior, processo que é controlado pelo organismo através de hormônios. Então, na estimulação ovariana administramos esses hormônios em uma maior dose para fazer com que vários folículos consigam amadurecer e liberar seus óvulos.

A estimulação ovariana, apesar de ser constantemente relacionada a fertilização in vitro e ao congelamento de óvulos por serem procedimentos mais comentados, é um processo comum a praticamente todas as técnicas de reprodução assistida que visam tratar a infertilidade feminina causada por disfunções ovulatórias, incluindo também a inseminação artificial e o coito programado. Em todas essas técnicas, a estimulação ovariana ocorre de maneira similar, mas com diferenças pontuais de acordo com cada procedimento. Independentemente da técnica de reprodução assistida, antes da estimulação ovariana propriamente dita, realizamos uma série de exames para avaliar as condições atuais do sistema reprodutor da mulher para estimar a eficácia do tratamento e verificar a existência de qualquer alteração que possa atrapalhá-lo.

Uma vez que as condições estejam adequadas, a estimulação ovariana é devidamente iniciada através da administração de hormônios que vão estimular que mais folículos amadureçam. Mas a intensidade desse estímulo, e consequentemente a dosagem dos hormônios, será definida caso a caso de acordo com uma série de fatores, como a reserva ovariana da mulher, sua produção habitual de óvulos e a complexidade da técnica de reprodução assistida a ser utilizada.

Todo esse processo de estimulação ovariana é acompanhado por meio de ultrassonografias. Quando os folículos estão devidamente amadurecidos inicia-se a etapa conhecida como indução da ovulação, que, também através da administração de hormônios, faz com que os folículos se rompam e liberem os óvulos.

Durante todo o processo, a paciente pode sentir alguns efeitos colaterais comuns à utilização dos medicamentos hormonais, mas que vão variar caso a caso, podendo incluir, por exemplo, inchaço, enjoo, ganho de peso, cansaço e irritabilidade. Mas, para a tranquilidade das mulheres que se submeterão ao processo, a estimulação ovariana é bastante segura, desde que devidamente acompanhada por um médico especializado.

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Respondido por:

DR. RODRIGO ROSA: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o médico é graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Especialista em reprodução humana, o médico é colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Instagram: @dr.rodrigorosa

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