Qual é o método contraceptivo mais seguro?
Falar em”método contraceptivo mais seguro” é algo muito relativo. É claro que devemos considerar a eficácia com relação a evitar gravidez, mas não podemos nos esquecer da segurança da saúde da paciente. A laqueadura de trompas, em termos de eficácia, seria o mais eficaz, porém com uma chance de reversão espontânea de 0,5%.
O preservativo masculino e feminino trazem a segurança contraceptiva e, ao mesmo tempo, é uma barreira protegendo contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Os métodos hormonais tem sua segurança relativizada devido às alterações na absorção, podendo ser influenciados por outras medicações e doenças associadas que a paciente apresente, e podendo agravar o risco de tromboembolismo e alguns tipos de tumores hormônio dependentes nas pacientes suscetíveis por doenças crônicas ou herança genética.
Já os dispositivos intra-uterinos estão sujeitos às condições de normalidade anatômica e funcional do útero, para se manterem em posição adequada à contracepção, e apresentam um risco aumentado de infeções, sangramento menstrual e cólica (no caso dos não hormonais)
Portanto, a segurança do método contraceptivo depende muito mais de uma avaliação personalizada pelo ginecologista junto com a paciente. Para escolher o método mais adequado às suas condições, é importante levar em consideração a frequência sexual, o número de parceiros, doenças preexistentes, antecedentes familiares de tromboembolismo e tumores ginecológicos.
Dr. Adriano Höhl, especialista em ginecologia e obstetrícia e membro do Colégio Médico de Acupuntura de São Paulo (CMAeSP).