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Quanto mais cerdas em uma escova de dentes, melhor?

Por HUGO ROBERTO LEWGOY
Atualizado em 21 out 2024, 22h28 - Publicado em 7 ago 2022, 10h00
mulher escovando os dentes
 (Andrea Piacquadio/Pexels)
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Quanto mais cerdas uma escova dental possuir, maior a eficácia na higiene oral. Isso acontece pois a  placa bacteriana ou biofilme oral, que se deposita constantemente sobre as estruturas da nossa boca (principalmente dentes e gengivas), pode ser removido com maior facilidade e eficácia.

Fazendo uma analogia simples, podemos imaginar um pacote de açúcar derramado sobre um piso de madeira novo e brilhante: logicamente uma vassoura de pelos é muito mais eficaz em relação a uma vassoura de piaçava para recolher o açúcar e executar essa tarefa, pois a vassoura de pelos recolhe muito mais facilmente o açúcar esparramado e limpa o chão com maior eficácia. Porém, além da eficácia, é fundamental que essa grande quantidade de cerdas não agrida as estruturas que estão sendo higienizadas.

Na realidade não devemos falar em remoção do biofilme oral. O termo mais correto é desorganização ou desestruturação, pois essa placa bacteriana está em constante formação sobre os dentes e gengivas. Os dentes possuem um tecido externo chamado esmalte dental que é uma espécie de “carapaça protetora”. Ele atua como o capacete de um motociclista, pois por ser extremamente duro e resistente consegue proteger os tecidos mais internos dos dentes durante a mastigação. Como dissemos anteriormente, o esmalte dental e as gengivas não podem ser traumatizadas por uma escova dental inadequada.

Uma escova dental com muitas cerdas necessita obrigatoriamente que o tipo e textura dos filamentos sejam extremamente macios, e que o diâmetro que os constituem sejam muito pequenos. Caso contrário as cerdas irão abrasionar (desgastar) o esmalte dental e provocar retração gengival (recessão das gengivas). Voltando a nossa analogia do pacote de açúcar derramado no piso de madeira liso e brilhante: não adianta nada recolher o açúcar com eficácia e deixar como consequência o piso fosco e todo riscado. Então as cerdas dessas escovas dentais devem ser ultramacias para não agredir os dentes e gengivas.

O professor Jiri Sedelmayer da Universidade de Hamburgo, foi o idealizador dessa teoria que preconiza uma grande quantidade de cerdas nas escovas dentais. Porém, devemos enfatizar que não é apenas a quantidade de cerdas que importa, e sim, o binômio quantidade e qualidade das cerdas.

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A CURAPROX seguiu as orientações do professor Sedelmayer e substituiu as cerdas de nylon por uma fibra ultramacia registrada com o nome Curen®. Essas cerdas em grandes quantidades têm uma ação extremamente eficaz sobre a placa bacteriana, porém, de forma delicada e suave. Essas escovas dentais auxiliam a manutenção da saúde dos dentes e gengivas no longo prazo, pois, protegem o esmalte dental da abrasão, previnem a retração das gengivas e, consequentemente, a exposição da região do colo dos dentes e a hipersensibilidade dentinária. Escovas dentais com uma menor quantidade de cerdas necessitam de cerdas mais duras para terem a mesma capacidade de higienização, porém, no longo prazo isso pode traumatizar os dentes e gengivas.

Respondida por:

HUGO ROBERTO LEWGOY: Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

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