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Saúde no Trabalho, com Bianca Vilela

A fisiologista do exercício Bianca Vilela dá dicas de exercícios e abordagens para melhorar a saúde no trabalho

Dúvidas sobre congelamento de óvulos

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 22h29 - Publicado em 1 jan 2023, 10h00
Fecundação
 (Nadezhda Moryak/Pexels)
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Com a modernização da sociedade e o espaço crescente ocupado pelas mulheres, muitos hábitos e dinâmicas antes consolidados têm sido revisados, inclusive o momento adequado de engravidar. A gravidez tardia, ou seja, após os 35 anos, é dificultada pela redução do número e “envelhecimento” dos óvulos (tecnicamente denominados “oócitos”), que foram formados quando a mulher ainda estava no útero da sua mãe.

Conversei com Fabiano Elisei Serra, que é ginecologista, obstetra e especialista em saúde da mulher. Segundo ele, para as mulheres que desejam ter filhos biológicos (ou seja, usando os próprios óvulos) com uma idade mais avançada pode ser necessário planejamento devido à queda progressiva da fertilidade.

Além da redução do número de oócitos, fatores ambientais como poluição, uso de medicações, hábito de fumar, entre outros, fazem com que os óvulos percam qualidade, o que também dificulta a gravidez.

“O congelamento de óvulos é uma técnica que permite que a mulher produza vários oócitos de uma só vez por meio de estimulação hormonal. Enquanto está recebendo os hormônios (que são semelhantes aos produzidos pelo organismo), o crescimento dos folículos ovarianos é acompanhado por exames de ultrassom e, em momento oportuno, eles são aspirados e posteriormente vitrificados (congelados). O procedimento de aspiração é simples, sob sedação, e realizado com o auxílio de ultrassom transvaginal acoplado a uma agulha”, afirma o especialista.

O médico ressalta que a técnica deve ser considerada por mulheres que buscam:

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  • adiar a maternidade, principalmente para após os 35 anos ou até encontrar parceiro ou parceira;
  • preservar a fertilidade devido à necessidade de cirurgia para retirada de ovários ou de radioterapia e/ou quimioterapia para tratamento de câncer ou, ainda, por suspeita de falência ovariana prematura (“menopausa precoce”);
  • aumentar a eficácia da fertilização in vitro.

Dr. Fabiano diz que com o congelamento, as chances de uma mulher engravidar através da fertilização in vitro são de 40%, a depender da idade de realização do congelamento e da quantidade de oócitos preservados.

“É importante lembrar que o fato de congelar óvulos não garante uma futura gestação e que esse procedimento não interfere na idade da menopausa”, ressalta.

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“Apesar de não haver consenso sobre a idade ideal para o congelamento, podendo ser realizada enquanto houver produção de “óvulos”, sugere-se que seja realizado até os 35 anos. Se você está se aproximando dessa idade e ainda não tem previsão de ter filhos (mas quer tê-los), converse com seu ginecologista e solicite orientações”, finaliza o doutor.

 

BIANCA VILELA é mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), palestrante e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde in company em grandes empresas por todo o país há mais de 15 anos. Na Boa Forma fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Instagram: @biancavilelaoficial

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