
No ritmo acelerado do cotidiano contemporâneo, o medo e a ansiedade têm se tornado companheiros constantes… acompanhados, muitas vezes, por culpa e auto crítica em excesso por não “dar conta”.
Mas esses sentimentos, quando persistentes, ultrapassam em muito o simples desconforto: são sinais claros de que nossa mente (e corpo) estão em modo alerta, sobrecarregados e sujeitos a um desgaste emocional profundo.
A ansiedade, que precede a depressão, pode levar ao sentimento de viver sem saída. A ansiedade está sempre ligada ao medo: medo do futuro, medo de falhar, de não dar certo, de tudo. Sempre criando os piores cenários mentais.
A literatura científica destaca que ansiedade prolongada e medo persistente geram desgaste fisiológico (como o aumento nos níveis de cortisol) e emocional, tornando o transtorno depressivo mais provável, especialmente quando sentimentos de desesperança já estão presentes.
Estudos indicam que ansiedade e depressão coexistem em até 70% dos jovens, aumentando significativamente o risco de suicídio, por isso o tema de prevenção ao suicídio de Setembro Amarelo é muito relevante. Não só essa época do ano, mas o ano todo.
É possível encontrar caminhos de proteção. Um estudo recente do CDC, com adolescentes, mostrou que práticas simples, como dormir adequadamente, estar fisicamente ativo, ter conexão na escola e apoio familiar estão associadas a uma redução significativa nos indicadores de ideação suicida, depressão e pensamentos de morte.
Além disso, já com comprovação científica, a prática de Mindfulness (Atenção Plena) ajuda a reduzir drasticamente a ansiedade, te ensina a lidar melhor com suas emoções, alivia os sintomas da depressão e previne recaídas.
Procure ajuda
Se o medo e a angústia têm sido constantes, se o descanso mental parece inalcançável, lembre-se: você não está só, e isso não precisa ser permanente. Busque ajuda.
O Setembro Amarelo nos convida a agir: escutar sem julgamentos, quebrar os tabus sobre saúde mental, oferecer recursos, e lembrar que o autocuidado não é opcional, é essencial. Momentos de autocuidado, por menores que pareçam, podem significar vida.