
É cada vez mais visível que estamos emocionalmente desorganizados, socialmente cansados e espiritualmente carentes. A pressa, a exposição constante e a tentativa de parecer forte o tempo todo têm nos distanciado de uma vida com mais verdade.
Vivemos para atender expectativas que muitas vezes nem são nossas e, nesse movimento, vamos perdendo o contato com quem somos. A sociedade, que tanto valoriza a imagem, parece não saber o que fazer com a profundidade.
Essa vulnerabilidade se expressa de formas curiosas. A popularização dos bebês reborn, por exemplo, revela mais do que um simples passatempo.
É um sintoma emocional de uma tentativa de suprir carências afetivas com representações. Ao invés de nutrir relações reais, muitos estão criando vínculos com o que não exige troca, frustração ou conflito. Uma forma de se proteger da vida, ao custo de se afastar dela.
E os jovens? Apesar do discurso de liberdade total, muitos estão implorando por limites. Crescer sem referências claras, sem regras firmes e sem adultos emocionalmente presentes tem gerado ansiedade, impulsividade e confusão. A liberdade sem direção não é leveza, é abandono.
O excesso de possibilidades, sem critérios internos, paralisa mais do que liberta.
Enquanto isso, seguimos tentando pertencer. Tentamos nos encaixar, nos adaptar, nos camuflar. Mas o preço que se paga por isso é alto!
Muita gente não sabe mais quem é, o que pensa ou do que gosta. O medo de ser rejeitado molda comportamentos, gostos e até valores. E as redes sociais só intensificam esse processo.
A exposição constante nos deixa viciados em validação e cegos para o que realmente importa. A vida parece estar sempre acontecendo no outro, nunca dentro de nós.
Mas diante desse cenário, o que fazer? Como não ser mais um a ser levado pela massa? Aqui vão alguns questionamentos para você se fazer:
- O que estou fazendo porque acredito? E o que estou fazendo apenas para agradar? Se você parasse de ser aplaudido, continuaria fazendo o que faz?
- A vida que estou construindo me representa ou apenas me exaure? Você sente orgulho do que constrói ou apenas alívio quando é elogiado?
- Eu sei o que valorizo ou só repito o que está em alta? Consegue nomear cinco valores que guiam suas decisões?
- Com quem posso ser eu sem filtros? E mais, com você mesmo, consegue ser?
- Que tipo de pessoa estou me tornando ao tentar pertencer a todo custo? Você se reconhece nos espelhos que frequenta?
No fim das contas, ser lúcido hoje é quase um ato de rebeldia. Rebeldia contra o excesso, contra a velocidade, contra a exigência de ser tudo, o tempo todo, para todos.
Manter a consciência é se recusar a ser mais um corpo correndo no automático, sem alma, sem eixo, sem verdade.
Você pode até pertencer, mas que seja a você primeiro.
Você pode até se mostrar, mas que seja com profundidade.
Você pode até mudar, mas que não seja para se apagar.
A sociedade está vulnerável, mas você não precisa estar!
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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3
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