
Você já percebeu que a forma como olhamos para o mundo diz muito sobre como olhamos para nós mesmos? Muitas vezes, caminhamos pelos extremos: ou nos colocamos como vítimas de tudo o que nos acontece, ou nos tornamos otimistas em excesso, quase cegos, ignorando as dificuldades da vida como se tudo se resolvesse num piscar de olhos.
Nenhuma dessas posturas nos fortalece verdadeiramente, pois ambas nos afastam da possibilidade de viver com mais verdade, consciência e presença.
O vitimismo é um lugar conhecido e, para alguns, até confortável. Ele nos exime da responsabilidade, nos protege de olhar para nossas falhas, e coloca sempre o outro como culpado.
O problema é que viver nessa posição nos deixa impotentes, afinal, se tudo é culpa do outro, então nada está ao nosso alcance para mudar.
Por outro lado, há um otimismo evitativo, aquela positividade tóxica que mascara as dores, nega o sofrimento e nos cobra que estejamos bem o tempo todo.
Essa postura nos distancia da realidade e nos impede de sentir o que precisa ser sentido, elaborar o que precisa ser compreendido, e agir com base no que realmente importa.
Esses dois extremos são tentativas diferentes de lidar com a vida. Mas ambos podem nos desconectar daquilo que mais precisamos: responsabilidade com gentileza, coragem com acolhimento, e lucidez com amor.
Assumir a responsabilidade não é se culpar por tudo. É reconhecer a parte que nos cabe, sem se machucar por isso. E ser otimista não é fingir que está tudo bem, mas sim confiar que, mesmo quando as coisas não estão bem, nós ainda somos capazes de atravessar, crescer e florescer!
A seguir, compartilho alguns questionamentos para te ajudar a encontrar esse lugar de equilíbrio, entre o olhar realista e a confiança no caminho:
- O que em mim ainda precisa ser olhado, mas eu sigo terceirizando para o outro?
- Será que estou esperando que alguém me salve daquilo que só eu posso transformar?
- Eu aceito os desafios da vida ou finjo que eles não existem?
- Estou buscando soluções ou apenas validando meus ressentimentos?
- O que eu ainda não perdoei (em mim ou nos outros) que me mantém no mesmo lugar?
- Qual parte da minha dor é responsabilidade do mundo e qual parte é responsabilidade minha?
- Estou esperando me sentir pronto para agir, ou estou disposto a agir mesmo com medo?
- E se, em vez de buscar culpados, eu buscasse sentido no que me acontece?
Você não precisa escolher entre ser otimista ou reconhecer sua dor. Pode ser ambos! Pode acreditar na beleza da vida e, ao mesmo tempo, aceitar que nem todos os dias são bonitos. Pode olhar para os seus erros com ternura e para as suas possibilidades com entusiasmo.
Vitimismo paralisa. Otimismo cego engana. Mas responsabilidade consciente transforma.
Que você encontre esse meio-termo: onde a dor é acolhida, a alegria é celebrada e o caminho é trilhado com coragem, um passo de cada vez, com leveza, com presença e com verdade!
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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3
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