Composição corporal: o que realmente importa para seu bem-estar

Marcio Atalla alerta sobre os riscos da gordura para a saúde

Por Maraísa Bueno
Atualizado em 29 jul 2025, 19h14 - Publicado em 28 jul 2025, 12h00
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Gordura abdominal e composição corporal são os verdadeiros indicadores da saúde, afirma especialista (./Freepik)
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A balança foi a grande indicadora de saúde corporal durante muito tempo. Saber se o peso está ou não ideal sempre foi o suficiente, mas, agora, apesar de pessoas terem o peso aparentemente “normal”, elas podem ter altos níveis de gordura corporal, algo que traz riscos à saúde.

O que realmente importa é entender a composição corporal e a distribuição da gordura, especialmente na região abdominal. A balança tradicional mede apenas o peso total, sem mostrar o que é músculo, água ou gordura. E a composição corporal diferencia a massa magra, que inclui músculos, ossos, órgãos e água , da massa gorda, que corresponde apenas à gordura acumulada. 

Essa separação é fundamental para uma avaliação precisa da saúde. Uma ferramenta útil nesse processo são as balanças de bioimpedância, que calculam o percentual de gordura, massa muscular, água corporal e até estimativas de gordura visceral.

É preciso ir além do peso

Estudos recentes destacam a necessidade de ir além do peso. Uma pesquisa da Universidade da Flórida, publicada na revista Annals of Family Medicine, acompanhou mais de quatro mil pessoas por 15 anos e revelou que aquelas com alto percentual de gordura apresentavam 78% mais risco de morte e tinham três vezes mais chance de morrer por doenças cardíacas, mesmo que o Índice de Massa Corporal (IMC) estivesse dentro da faixa considerada normal. Isso acontece porque o IMC não diferencia gordura de músculo, podendo mascarar riscos sérios de saúde em pessoas que aparentam estar com o peso adequado.

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Outro marcador simples e altamente eficaz para avaliar riscos é a Relação Cintura-Altura (RCA). Pra calcular a RCA você divide a medida da sua cintura, em centímetros, pela sua altura, também em centímetros.  Se o resultado for maior que 0,5, é preciso ficar alerta e procurar por um profissional para fazer os exames adequados e entender qual seu percentual de gordura, tanto visceral, quanto subcutânea, por exemplo.

“A  gordura visceral, aquela que se esconde entre os órgãos, na barriga, é a mais perigosa para a saúde. Diferente da gordura subcutânea, que fica logo abaixo da pele, a visceral é metabolicamente ativa e pode desencadear inflamações, resistência à insulina e até problemas cardiovasculares”, alerta Marcio Atalla, Embaixador da Relaxmedic, Professor de Educação Física, com especialização em Treinamento de Alto Rendimento, e pós-graduação em Nutrição, pela USP.

A grande vantagem da RCA é que ela foca na gordura abdominal, que é a mais perigosa por estar associada a processos inflamatórios.  “É aí que entra a relação cintura altura, a RCA, uma medida simples que dá pistas sobre como a gordura está distribuída e o que isso significa para o risco de diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e outras complicações metabólicas”, afirma Marcio Atalla.

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Entenda seu corpo 

É essencial entender como o corpo é composto e onde a gordura está localizada. A bioimpedância permite observar o percentual de gordura, enquanto a RCA fornece uma visão clara da gordura abdominal , um dos principais fatores de risco para doenças metabólicas. Ambas são ferramentas acessíveis, eficazes e de grande utilidade tanto em consultórios quanto no acompanhamento domiciliar.

A saúde não depende apenas do peso corporal, mas da qualidade dessa massa corporal. “Coma melhor e menos, faça atividade física regular, mantenha-se hidratado, e procure ter um sono de melhor qualidade. E se possível , gerencie melhor o seu estresse, já que ele ele tem uma relação direta com a gordura abdominal”, finaliza Atalla.

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