Você sabe o que é blueprint erótica?

O mapeamento sobre o que te excita pode tornar as relações mais prazerosas

Por Amanda Ventorin
23 dez 2021, 10h00

Homem negro e mulher branca com os braços se tocanod, sobre fundo vermelho — (rocketmann/Pexels)

O autoconhecimento é uma ferramenta importante para que possamos viver nossa vida o mais satisfatoriamente. Você prefere correr ou ir a academia? Dançar ou escutar uma música? Prefere ficar em casa ou ir para lugares lotados? O Blueprint erótico nada mais é do que o autoconhecimento sobre aquilo que te excita.

A teoria desenvolvida pela sexóloga Jaya nas últimas duas décadas defende a ideia de que todos possuem uma linguagem erótica e a conhecer pode ajudar a se comunicar mais com seu parceiro sobre suas necessidades e gostos quando se trata de intimidade e sexo. De acordo com a especialista, existem 5 linguagens eróticas e cada indivíduo tem uma delas como sua linguagem primária.

Energética: São pessoas que se excitam pela conquista e antecipação daquilo que vai acontecer. “Toda essa energia vai sendo criada dentro da pessoa, e é isso que vai alimentando essa vontade de ter uma relação sexual” exemplifica Lilian Fiorelli, ginecologista especialista em sexualidade feminina. Com essa pessoa pode ser interessante trocar mensagens quentes durante o dia sobre o que vai acontecer de noite, para excitá-la.
Sensual: São pessoas que se usam os cinco sentidos para entrar no clima. O ambiente deve ser agradável, com certa atmosfera, um perfume, um jantar. “É toda uma encenação desses cinco sentidos. Eu até mesmo diria que são pessoas que conseguem ter um orgasmo sem penetração pois conseguem explorar esses outros pontos”.
Sexual: Sendo diferente do sensual, pessoas que possuem a linguagem sexual aprecia o toque, e o sexo em si. Seja penetração, masturbação ou sexo oral e tudo mais que configure como sexo.
Kinky: Pessoas que se identificam com a linguagem sexual kinky se excitam com coisas diferentes, que podem ser consideradas tabu. “Amarrar, bater , correntes, posições de domínio e submissão, o masoquismo ou BDSM (tudo sempre com consentimento)” exemplifica a ginecologista.
Metamorfo: Seria aquele que engloba todas as outras linguagens. Pessoas que respondem a todos os estímulos, aproveitando todas sensações.

É possível que uma pessoa se identifique com várias linguagens eróticas. “Existe a possibilidade de aprender a falar todas elas, mas a primária, a que mais te satisfaz, pode ser a que você procura mais. Não é algo a ferro e fogo, é uma forma de saber o caminho que você pode seguir, pois existem pessoas que não fazem ideia do que as estimulam” conta Lilian.

A importância de saber sua blueprint erótica

“É muito importante conhecer seu próprio corpo e como ele reage ao prazer, para que assim você possa aprender a utilizar essa energia de uma forma mais ampla. Se permitir explorar o próprio corpo e o do parceiro envolve autoconfiança, autoestima e esses pontos são extremamente importantes para uma vida sexual saudável”, conta Talita Gois, especialista em sexualidade e terapeuta tântrica. O prazer (principalmente o feminino) ainda é um tabu e não é discutido abertamente, porém, conhecer o próprio prazer ajuda a ter mais facilidade de conhecer o outro. Pessoas que se conhecem sexualmente, segundo Talita, são mais seguras, livres e vivenciam experiências sexuais mais satisfatórias.

Em alguns casos, apesar de conhecer suas preferências sexuais, muitas pessoas podem enfrentar certa dificuldade em comunicar ao parceiro (seja fixo ou temporário) sobre as mesmas. ” Você está lá para ter um momento gostoso, que seja bom para você e para o outro. É fundamental que isso (a comunicação) seja aberta desde o inicio para não ter uma confusão. Quanto mais você conseguir ter abertura (e autoconhecimento) mais você consegue se envolver com tranquilidade” finaliza Lilian.