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Calor e candidíase: Entenda a relação

Ginecologista e nutricionista explicam que comer ou evitar certos alimentos pode reduzir infecções por fungos no verão

Por Giovana Santos
1 nov 2021, 10h50

O verão está chegando — e isso quer dizer temperaturas mais elevadas! Mas pode significar, também, o aumento nos casos de uma condição bem incômoda para algumas mulheres: a candidíase.

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Trata-se de uma infecção localizada nas regiões da vulva e da vagina, causada pelo excesso de um fungo, em geral a Candida Albicans (presente naturalmente por lá). A ginecologista Camila Ramos (@dracamilaramos) explica que o calor pode influenciar (e muito) na questão, uma vez que ele altera a acidez da vagina e reduz os micro-organismos responsáveis pela defesa do local.

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“Inchaço, coceira, inflamação vulvar e vaginal, além de secreção esbranquiçada e densa, são os principais sintomas da candidíase”, ressalta a especialista. Veja o que fazer para evitar o problema:

Como evitar a candidíase no verão

Tente marcar uma consulta com a sua ginecologista antes das férias: leve uma receita com medicamento antifúngico caso precise. Assim, se a candidíase aparecer, ela não vai atrapalhar sua viagem.

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A vagina não precisa de atenção extra ou limpeza apenas por causa do clima mais quente. “É uma parte incrível da anatomia feminina, com a capacidade de suportar todos os tipos de mudanças no pH. Ou seja, ela pode se ajustar rapidamente às condições diferentes”, diz a médica.

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Confira outras dicas:

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Alimentação e candidíase

No entanto, o que pouca gente sabe é que a dieta também contribui para o aumento ou para a prevenção da infecção. De acordo com a nutricionista Luna Azevedo (@lunanutri), assim como o nosso intestino tem a sua própria flora de bactérias, a vagina também necessita do equilíbrio entre os bichinhos “bons” e “ruins”

“O mais importante no que se refere ao tratamento da infecção pela Candida é melhorar a função digestiva e o sistema imunológico. Assim, ela não encontrará um ambiente propício para o crescimento excessivo”, afirma a profissional. Confira o que é bom para a sua saúde vaginal:

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O ácido láurico presente no óleo de coco é muito eficaz para equilibrar a nossa flora. “Além disso, um estudo feito em uma universidade da Islândia mostrou que o ácido caprílico, também encontrado no alimento, foi eficaz e rápido na eliminação de três espécies de Candida.

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Os probióticos podem ajudar a restaurar as populações de bactérias benéficas. “Já os prebióticos são elementos que estimulam e proliferam a atividade desses bichinhos do intestino, contribuindo também, na absorção de minerais”. Você pode encontrar prebióticos na cenoura crua, na couve-flor, no repolho, na cebola e nas frutas e cereais.

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O alho é um alimento funcional rico em alicina, que possui ação antiviral, antifúngica e antibiótica. Além disso, o alimento contém um considerável teor de selênio, substância antioxidante.

A ingestão de alimentos antioxidantes, como o cranberry, pode inibir o crescimento e a adesão de micro-organismos. “A cúrcuma (ou açafrão-da-terra) também tem sido amplamente estudada quanto ao seu potencial antimicrobiano, anti-inflamatório, nefroprotetor e antioxidante”, afirma Luna.

De acordo com a especialista, o açúcar modifica o pH vaginal, deixando o ambiente alcalino, o que favorece a proliferação dos fungos e a diminuição das bactérias não-patogênicas que protegem o meio. A ingestão de carboidratos refinados e simples, como biscoito, arroz, macarrão e pão branco, também deve ser evitada, pois esses itens são rapidamente absorvidos pelo organismo em forma de glicose (açúcar).

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A lactose, açúcar do leite, é um tipo de carboidrato altamente fermentável, que promove o crescimento da Candida.

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