Casa Clã 2025: talk aborda a importância de não silenciar os desafios da menopausa
Fernanda Lima e a ginecologista obstetra Anna Valeria Gueldini falam sobre as dificuldades dessa fase e a necessidade de quebrar os tabus sobre o assunto

Apesar de ser um tema cada vez mais falado, a menopausa ainda é motivo de dúvidas e inseguranças, levando muitas mulheres a silenciarem a condição. Diante disso, a Casa Clã convidou Fernanda Lima e a ginecologista e obstetra Anna Valeria Gueldini para compartilharem no talk “Precisamos Falar Sobre a Menopausa” suas experiências e conhecimentos a respeito desta fase, ressaltando a importância de trazer o tema cada vez mais à tona.
Menopausa sem tabus
Aos 47 anos, diante dos primeiros sintomas da perimenopausa, Fernanda Lima decidiu se aprofundar no assunto e disseminar informações sobre menopausa através da criação de um podcast, o Zen Vergonha.
“Ele surgiu de uma dor minha e de uma vontade de espalhar [informação]. Nós precisamos falar sobre menopausa. Vamos ‘destabulizar’[acabar com o tabu]. Não tem porque menopausa ser um tabu, não tem que ser”, começou a apresentadora.
“Se a gente não falar sobre menopausa, que respaldo podemos dar para a humanidade como um todo? A gente também precisa explicar para nossos homens, para nossos filhos, o que está acontecendo. Se nos deparamos com a menopausa e não sabemos o que está acontecendo, imagina os homens! Então é muito fácil chamar uma mulher de louca ou dizer que ela está chata, quando a gente está passando uma coisa seríssima”, completou.

Qual a diferença entre perimenopausa e menopausa?
Como diz a ginecologista e obstetra Anna Valeria Gueldini, a menopausa é um “caminhão de mudanças”. Mas, afinal, qual é a diferença entre cada fase dessa etapa da vida da mulher?
A perimenopausa, segundo a médica, é onde tudo começa. “Ela antecede de 5 a 7 anos o cessar permanente das menstruações, que é a menopausa. Nessa fase, além de ter que lidar com as consequências das flutuações hormonais, também tem que se preocupar com a contracepção”, aponta.
“Já a menopausa é determinada quando faz 12 meses da data da última menstruação. Depois da menopausa, para frente, tudo é pós-menopausa”, completa a profissional.
Anna explica que a menopausa tem um diagnóstico clínico, feito baseado nos sintomas. Sendo assim, trata-se de um momento de autoconhecimento e de procurar um médico qualificado para conversar e receber as orientações corretas sobre esse período.
“A discussão desse tema nos consultórios deveria ser direito de todas”, ela complementa.

Reposição hormonal como solução
Durante o talk, Anna afirmou que a reposição hormonal é um dos caminhos possíveis para tornar o período de sintomas da perimenopausa mais tranquilo para as mulheres.
“Através de estudos, nós entendemos que a idade do início da terapia hormonal pode ser o grande trunfo para quem precisa desse benefício”, apontou.
“Hoje, depois de vários estudos, nós sabemos que a terapia oral tem um melhor período para começar, que a gente deve se preocupar com a menor dose para ter o melhor efeito e também existe uma preocupação com as vias de administração”, completou.
Segundo ela, o cuidado e tratamento para essas mulheres é semelhante a “montar as pecinhas de um grande quebra-cabeça”, porque essa é a complexidade feminina.
“A gente não é só aquilo que o ovário deixou de produzir, tem todo o resto que acontece no nosso organismo”, ressaltou ela, lembrando que a única contraindicação para reposição hormonal é para pacientes que tenham histórico de câncer ou que tenham parentes com histórico da doença.
Casa Clã 2025 é promovido por CLAUDIA e Boa Forma com o patrocínio de @msdnobrasil e @rochebrasil com apoio de @sanavitaoficial. O evento ocorre nos dias 21 e 22 de março no Casarão Higienópolis, um amplo imóvel de 2.300 metros quadrados em São Paulo.
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