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Descubra quando e como limpar a cera do ouvido

Otorrinolaringologista alerta sobre os riscos do uso de hastes flexíveis para remover a cera do ouvido. Entenda!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 24 Maio 2024, 20h14 - Publicado em 24 Maio 2024, 14h00

A cera de ouvido é considerada muito importante para o nosso ouvido, garantindo ao canal auditivo externo uma barreira protetora que cobre e lubrifica o canal. “Ela nos protege do que chamamos de corpos estranhos, prevenindo o contato direto com diversos organismo, poluentes e insetos. Também tem uma função bactericida e antifúngica, que reduz riscos de infecções, por possuir um pH ácido que gera esse efeito”, afirma a Dra. Bruna Assis, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

No entanto, quando em excesso, a cera de ouvido pode representar um problema, dificultando a audição e provocando desconforto. Mas, afinal, quando devemos removê-la e como fazer isso de maneira segura? A médica explica a seguir!

Quando devemos remover a cera do ouvido?

A Dra. Bruna diz que não existe uma regra para o momento ideal de remover a cera de ouvido, uma vez que isso varia de pessoa para pessoa.

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“Alterações anatômicas do formato ou diâmetro do conduto auditivo, assim como tipos de pele (mais oleosas ou ressecadas) ou, até mesmo, o uso de fones ou hastes flexíveis, podem levar a maior produção ou impactação da cera. Portanto, cada paciente deverá perceber o tempo de sua necessidade”, conta ela.

Como remover a cera do ouvido?

A otorrinolaringologista indica utilizar um tecido macio para remover as sujidades. E essa limpeza deve ser feita apenas na parte externa ou no pavilhão auditivo, jamais no canal auditivo.

“Instrumentos como hastes flexíveis, como o cotonete, ou mesmo pontiagudos, como pinças, não são recomendados dentro do conduto auditivo, devido a riscos de trauma local, lesões e infeções”, alerta ela.

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Se, mesmo com essa limpeza na parte externa ou no pavilhão auditivo, você não sentir a melhora do incômodo, vale procurar um especialista para investigar e tratar adequadamente o que está acontecendo.

“Há casos de acúmulo de cera que incomodam bastante e até dão a sensação de diminuição da acuidade auditiva. Ou seja, uma surdez parcial repentina. Nesse tipo de situação é preciso ter a avaliação médica de um otorrinolaringologista para resolução do quadro sem riscos de complicações. Isso porque, é necessário um exame físico, com o uso de instrumentos adequados, a exemplo do otoscópio, bem como a remoção correta, que pode ser feita por processo de lavagem, aspiração, curetagem ou mesmo por via medicamentosa. Portanto, só com auxílio médico”, conclui.

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