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COVID-19 e Vitamina D: qual a relação entre os dois?

A vitamina D tem um papel importante na manutenção do sistema imunológico, por isso, pode comprometer a saúde e facilitar a infecção

Por Marcela De Mingo
15 mar 2022, 08h00

A pandemia está mais branda do que há alguns meses, mas isso não significa que ainda não se fala muito em coronavírus – principalmente, na sua relação com a vitamina D. Por isso, conversamos com o Dr. Júlio Onita, médico infectologista do Hospital IGESP, para entender como essa relação funciona. 

O QUE É A VITAMINA D?

Bastante famosa pela sua conexão com o sol, a vitamina D é uma vitamina lipossolúvel que atua nos ossos e no intestino, assim como em outros órgãos. “É uma substância que ajuda na absorção do cálcio ingerido, interfere com o hormônio da paratireoide e ainda regula a ação de várias de nossas células”, diz ele. “Para que essas ações sejam efetivas, é necessário que partes do nosso corpo estejam preparadas para a vitamina D.”

Mas além de proteger os nossos ossos, essa vitamina também tem uma ação importante no sistema imunológico – por isso falava-se tanto na sua suplementação no começo da pandemia. 

As nossas células são revestidas por receptores que são específicos para a absorção ou regulação de várias substâncias e funções. No caso da vitamina D, várias das nossas células de defesa, principalmente os linfócitos, têm esses receptores que interferem na nossa imunidade. 

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VITAMINA D E O COVID-19

“Uma das nossas linhas de defesa contra vírus ou outros agentes infecciosos são essas células, os linfócitos. Há uma aparente relação dos níveis de vitamina D com a efetividade dessa nossa defesa”, explica o médico. “No caso específico do COVID-19, a doença se inicia de várias formas. Um desses mecanismos que, eventualmente, pode contribuir para a dificuldade para o nosso sistema imunológico combater a doença é a deficiência da vitamina D.”

Por conta disso, e até pela ligação da vitamina D com doenças que afetam os ossos, como a osteoporose, é importante medir os níveis dessa vitamina no sangue rotineiramente – e fazer a suplementação necessária, segundo a recomendação médica. Até porque a contraindicação para o suplemento existe, quando o nível da vitamina é elevado e quando, claro, não é utilizado sob acompanhamento médico. “Isso pode levar a vários efeitos colaterais e adversos”, finaliza o médico.

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