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Débora Nascimento: coragem para viver sua verdade

Capa de Boa Forma de agosto, a atriz e modelo abre o coração sobre maturidade, autoestima e a beleza de ser quem se é

Por Juliany Rodrigues
11 ago 2025, 12h00
Débora Nascimento
Styling: Rogério S (@rogerio_s) | Make: Piu Gontijo (@piugontijo) | Vestido de palha: Brasilero (@brasilero___) Brinco: Ylla (@yllaconcept) | Corpete de vime: Lenny (@lennyniemeyer) | Brinco: Ylla (@yllaconcept) | (Catarina Ribeiro (@catarinaribeir.o)/BOA FORMA)
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Coragem: é isso que move Débora Nascimento. Em uma realidade cercada de filtros e expectativas irreais, a atriz, dubladora e modelo escolheu olhar para si mesma com carinho, presença e verdade.

Ela, que é mãe de Bella, de 7 anos, fala que a maternidade foi um dos pontos que mais transformaram sua vida. Ser mãe mudou a maneira como Débora enxerga a si mesma e se relaciona com o mundo.

“Depois de eu ter minha filha ali do meu lado, olhando para mim, me observando, e eu percebo que ela me tem como o maior exemplo da vida dela. Independentemente do julgamento, eu quero ser inteira. Para minha filha ter uma mãe como exemplo, uma mãe humana, uma mãe inteira da sua originalidade.”

Aos 40 anos, a atriz encara a maturidade com potência e empoderamento, impondo seus limites, honrando seus valores e respeitando seus desejos.

“Acho que, com a maturidade, com alguns anos que foram passando, tive mais coragem de peitar a vida. E eu tenho certeza de que tudo passa nessa vida. Tudo. Eu sei que as maiores alegrias, as maiores excitações também passam, assim como as maiores dores.”

Mas Débora lembra que nem sempre foi assim. Por trás da mulher que, hoje, prioriza a autenticidade e a autoconfiança – mesmo com momentos de fragilidade -, há alguém que já se cobrou demais.

Eu já me maltratei muito nessa vida com o meu próprio olhar dizendo que eu não era bonita, que eu não era linda. Eu fiz muito isso comigo mesma. Eu não vou deixar a sociedade ou os filtros das redes sociais dizerem que eu não sou divina do jeito que eu sou. Não mais”.

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Em uma entrevista sensível e profunda, ela estrela a capa de agosto de Boa Forma, que traz um ensaio de fotos inspirador e marcante. Confira a entrevista na íntegra a seguir!

Débora Nascimento
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Autoestima e saúde mental

O quanto você se transforma – ou até mesmo se revela – cada vez que você interpreta uma nova personagem?

Quando eu estou no processo do trabalho, eu mergulho mesmo, eu sou muito intensa. Para entrar na energia do personagem, é preciso um pouco mais de atenção e entrega do que simplesmente “ligar um botão”. Então, eu fico mesclando várias técnicas. Existem personagens que, sim, eu pratico um método, eu fico no personagem o tempo inteiro, com as suas nuances, deixando a mente ambientalizada no contexto do filme ou da série. Então, depende de personagem para personagem, de projeto para projeto. Mas, inerente a qualquer tipo de projeto ou de personagem, eu acabo sempre mexida. Eu, Débora, acabo sempre mudando e aprendendo algo com o personagem novo. Não tem como evitar isso. A gente trabalha com a nossa maior matéria, que somos nós mesmos, que são as nossas emoções e nossos sentimentos. Acabo sempre mudando e aprendendo algo com o personagem novo, porque ele acaba me mexendo. Não tem como.  A razão sabe o que a gente está fazendo [atuando], mas o coração, a pele, o pulmão, o fluxo sanguíneo, não. Você se arrepia. Isso é emoção pura. De alguma forma, o meu corpo absorve muito das experiências que eu estou vivendo na atuação, que eu estou vivendo com a personagem. E é um trabalho do ator de entender para onde direcionar essas sensações e determinar o que realmente fica.

Nos últimos anos, você tem se mostrado autêntica – seja falando sobre sexualidade, escolhas profissionais, maternidade… O que te move nessa busca por ser inteira e se livrar dos filtros?

Eu acho que isso foi se transformando ao longo da minha vida. Antes eu ficava muito preocupada, e até tensa, com os olhos, com o julgamento alheio, com a expectativa. E já tentei muito me moldar aos extremos, aos padrões de beleza. E isso eu digo de um lugar que eu sei que é, de certa forma, privilegiado, né? Mas, mesmo assim, passei por períodos da minha vida em que eu sofri muito em relação à autoestima. Eu tive anorexia com 16 anos, porque eu estava fora de um padrão em que era preciso estar muito mais magra, e eu não entendia a potência das minhas curvas, a potência do meu cabelo, a potência de quem eu sou. E isso eu fui entendendo e aceitando, e também levando cada vez à máxima potência a minha originalidade. Mas isso veio muito depois de eu ser mãe. Depois de eu ter minha filha ali do meu lado, olhando para mim, me observando, e eu percebo que ela me tem como o maior exemplo da vida dela. Independentemente do julgamento, eu quero ser inteira. Para minha filha ter uma mãe como exemplo, uma mãe humana, uma mãe inteira da sua originalidade. Eu não quero ser “copia e cola”. Não quero ter a cara de ninguém. Não quero modificar a mim mesma de acordo com outra pessoa. E essa minha grande transformação partiu muito da maternidade.

Como a maturidade transformou a sua relação com você mesma?

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A maturidade foi me dando mais coragem. Eu continuo tendo medo, receios imensos, é claro. Porém, eu entendi que a minha coragem é maior do que todos esses medos, maior do que todos esses receios. Vou dar um exemplo: eu não fico mais em uma relação que não me faz uma pessoa melhor, que é tóxica e que não é saudável para mim. Mesmo que venha um medo de “Nunca vou encontrar alguém decente nesse mundo”, eu prefiro a minha coragem de ir para o mundo, estar solteira, estar feliz e vivendo. A mesma coisa com o trabalho. Já neguei trabalhos que mostravam para mim que não seria um lugar saudável para a minha arte, saudável para mim, que não faziam sentido. E, claro, você fica com receio, ainda mais sendo artista autônoma. Mas, mesmo assim, ter a coragem dos “nãos” e dos “sims”. Então, acho que, com a maturidade, com alguns anos que foram passando, tive mais coragem de peitar a vida. E eu tenho certeza de que tudo passa nessa vida. Tudo. Eu sei que as maiores alegrias, as maiores excitações também passam, assim como as maiores dores. Acho que isso é esse processo de me deixar atravessar e perceber, ter a percepção de que tudo passa. E fica o que tem que ficar, fica o que é de verdade, o que é inteiro. Isso me deu mais coragem para a vida. E isso veio com a maturidade.

Como é a sua autoestima? O que você enxerga ao se olhar no espelho hoje?

Nossa, minha relação com a autoestima é algo que eu tenho que observar todo santo dia. Eu tive anorexia com 16 anos, eu sofri bullying quando era adolescente, não entendia muito bem o meu cabelo. Meu cabelo era algo que eu não conseguia manipular, eu era extremamente tímida, era muito quieta. Então, a minha autoestima teve que ser muito bem construída ao longo do tempo, à medida em que eu fui entendendo quem eu sou, entendendo a minha potência e tendo minha autopercepção. Mesmo fazendo novela e trabalhando como modelo, por exemplo, me falavam “Nossa, você é linda”, mas eu não enxergava isso. Eu sempre ficava “Não, mas eu podia melhorar aqui, podia melhorar ali.” Eu achava que eu tinha que ser magérrima. Hoje ainda eu fico em alerta, principalmente com essas modas que vêm e vão. Eu fico sempre muito atenta a mim mesma, a me olhar no espelho de verdade e me aceitar. Aceitando as rugas que estão aparecendo, aceitando o meu rosto, que vai se modificando ao longo dos anos, aceitando a minha pele.

Eu tenho muito a questão do autocuidado. Eu me mantenho em movimento sempre, faço procedimentos com lasers na pele. Não sou muito dos injetáveis. Mas acredito que a tecnologia está aí para a gente poder usar a nosso favor.  Eu costumo usar lasers que estimulam o meu próprio colágeno. E isso desde os 30 anos. Na verdade, aos 25, eu já comecei a olhar para isso. Tenho um acompanhamento médico com meu endocrinologista, dermatologista, que vão me dando também suplementos. Tudo é natural, porque eu sou muito natureba mesmo, sabe? Eu priorizo manter eu mesma, as minhas feições, o meu biotipo, para a minha filha ver a mãe sendo ela mesma. E parte da minha autoestima também deu um g ande avanço quando eu me tornei mãe. Eu fiquei mais confiante ainda, mais empoderada ainda. Eu fiz um ser humano dentro de mim. E esse ser humano sai, e eu alimento ele com um alimento que sai do meu próprio corpo. Então, assim, o meu corpo é divino. Eu sou divina do jeito que eu sou. O jeito que minha filha olha para mim, o jeito que ela me escuta, o jeito que a gente troca amor… É divino, eu sou divina, então por que vou ficar me maltratando? Eu já me maltratei muito nessa vida com o meu próprio olhar dizendo que eu não era bonita, que eu não era linda. Eu fiz muito isso comigo mesma. Eu não vou deixar a sociedade ou os filtros das redes sociais dizerem que eu não sou divina do jeito que eu sou. Não mais.

Débora nascimento
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Você já comentou publicamente sobre ter enfrentado uma depressão. Para você, como foi encarar esse diagnóstico?

Acho que o meu diagnóstico de depressão foi, de alguma forma, um alívio. Eu entendi que o que eu estava sentindo era a depressão. E, a partir disso, você vai trabalhando com o processo de cura. Ter consciência muda tudo. Uma vez que você está em um processo depressivo, você pode não ter consciência daquilo, você pode ir se entregando. É como se fosse uma bola de neve de dor e desespero. Eu vivi momentos muito difíceis. Até mesmo quando eu era criança cheguei a passar por processos depressivos sem saber que eles eram depressivos. Eu precisei, já na fase adulta, entender que, em alguns momentos da minha vida, eu já tive esses sintomas e que, pela falta de informação e de cuidado, não fui diagnosticada na época. E eu fui empurrando, empurrando com a barriga até o momento em que não dá. Até o momento em que você precisa olhar para isso e cuidar com muita terapia, com muito acolhimento e muito afeto. Eu já passei por um momento em que eu tive depressão e, ao meu lado, tinha um parceiro absolutamente irresponsável e que só piorava toda a situação. Mas existe coragem dentro de mim e vontade de viver e enfrentar tudo para me manter saudável. Eu mantenho meu ciclo de amizade, meu ciclo íntimo muito selecionado. E quando eu digo isso, não é gente que está do meu lado dizendo “amém” para tudo que eu faço. Não. E eu falo: muito pelo contrário. Eu adoro ser questionada. Acho que isso faz parte do meu lugar curioso. Mas de pessoas que realmente estão ali e percebem quem você é e ficam no amor e no afeto. Esperam da gente sempre aquela mulher forte, aquela mulher cheia de sex appeal, que dá conta de tudo, que é determinada. E, quando você mostra sua vulnerabilidade, quando você desmonta e só pede colo, aí ficam “Como assim? Cadê aquela mulher?”. E, a partir do momento que você deixa de performar o desejo do outro, a expectativa do outro, você acaba não sendo tão interessante ou tão acolhida por esse outro. Aí é a hora de você realmente entender que esse outro não faz parte do seu ciclo saudável de amizade ou de relação.

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Em meio à correria da rotina, o que você faz para cuidar da sua saúde mental?

Meditação e ioga, principalmente. Eu sempre levo o meu mat para todo lugar que eu vou. E é claro que mantenho a terapia em dia, mesmo online. Eu tenho os meus mantras, eu rezo bastante. Sou universalista, então, me conecto com várias religiões. Todas elas caminham comigo, dentro de mim, e me conectam com a energia mais linda que eu posso evocar. Eu faço meus asanas, minha prática de ioga. Então, tudo isso é um combo. E eu mantenho sempre o contato com a minha filha, mesmo viajando, mesmo trabalhando fora, mesmo na correria. Olhando o olhinho dela, eu consigo me nutrir. Só de olhar para ela e ver como ela me olha, já volto para o eixo, sabe?

débora nascimento
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Maternidade e sexualidade

Ser mãe é um processo que envolve uma nova relação com o corpo, a rotina, a mente… Para você, como foi atravessar essas transformações?

Eu fui muito carinhosa comigo mesma no processo tanto durante a gestação quanto depois. Eu fui muito carinhosa com o meu corpo naquele momento.  Entendi que minha atenção estava voltada para algo tão incrível: gerar e ter minha filha. Estar ali, amamentando… não tinha como olhar pro meu corpo e dizer: ‘Você não merece ser amado.’ Eu estava me amando demais. Me amei grávida. Amei estar grávida. Me senti desejada, me senti gostosa.  Com aquela barriga linda, um espelho enorme na frente, aquele quadril que abriu. Eu me sentia como uma árvore, um bicho. Me sentia muito conectada com a natureza. E, depois que a Bela nasceu, que meu foco se voltou exclusivamente para ela e para nutri-la, eu fui muito carinhosa comigo mesma no processo de “voltar”. E digo entre aspas porque não é um corpo que volta — é um corpo que se transforma. É um corpo transformado. Nesse retorno, eu me cuidei como nunca tinha me cuidado antes. Foi um processo bem de dentro para fora, com exercícios específicos para o pós-parto, para ajudar os órgãos a voltarem pro lugar, entendendo esse novo tamanho de mulher. Fiz muita prática de yoga específica para o pós-parto, e alguns treinos direcionados, que foram trazendo de volta o meu tônus e uma consciência muscular que eu nunca tinha tido antes.

Hoje, eu considero meu corpo mais lindo do que antes. E isso também tem a ver com o jeito que eu me olho. Me sinto mais linda, com um corpo mais consciente, sabe? Aprendi a gostar do meu tamanho, da minha proporção, e me manter em movimento. Entendi quais movimentos preciso fazer, e no que preciso ter cuidado. Acho que a partir da maternidade, eu realmente comecei a ouvir meu corpo e a entender o que funciona pra mim.

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Você trouxe à tona sua bissexualidade de forma muito natural. Como esse processo aconteceu para você?

Para mim é algo tão natural, é algo que não precisa de alarde. Por mais que seja algo íntimo e que não é da alçada de ninguém, a não ser minha e daqueles com quem eu me envolvo intimamente, não me arrependo e nunca me arrependeria de falar e de trazer a minha verdade. Para mim, é algo muito natural e muito bem resolvido. E não tem peso. Mas para mim é algo muito, muito natural, muito tranquilo e muito bem resolvido. E não tem peso. Quando eu falo isso, é claro que eu tenho consciência do privilégio, especialmente por ser uma mulher branca e que é considerada “bonita”. É como eu olho, como eu desejo, como eu me interesso. A questão da sexualidade deveria ser tratada com leveza e não como peso.

Querem colocar a gente em caixinhas, querem padronizar a gente, e tem também os problemas associados à invisibilização e a não aceitação da bissexualidade. Eu sou muito reservada também, nas minhas relações íntimas, com quem eu me relaciono sexualmente e amorosamente. Também sou muito reservada. Muito do que eu faço, ninguém sabe. Eu mantenho para mim e para aqueles que são interessantes, que estão ali junto comigo. E o restante é o restante, assim. Eu sou muito curiosa pelo ser humano e não julgo. E já me relacionei com pessoas de várias orientações sexuais, e tá tudo certo, gente. A vida é uma delícia.

Débora Nascimento
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Autocuidado, movimento e bem-estar

O que o movimento do corpo representa na sua vida?

Nós somos seres que dançam, que bailam, que se movimentam, que andam, que pulam, que giram. Eu sou essa pessoa que, quando eu não consigo — por alguma questão de horário ou alguma correria, praticar alguma atividade, eu coloco uma música, danço, pulo, rodopio pelo quarto, faço qualquer coisa.

Eu sinto uma diferença gritante do movimento no meu bem-estar, no meu olhar para o mundo, na minha energia, na minha saúde mental. E eu acho essencial me alongar. Se eu não me alongo, fico me sentindo muito desconfortável no dia a dia. Eu sou muito ativa, eu gosto de fazer as coisas. Gosto de surfar, gosto de fazer capoeira… Sou muito curiosa também, já fiz de tudo, já experimentei diferentes atividades, gosto de muita coisa. Eu preciso me manter ativa. Muda completamente meu estado mental, eu olho o mundo de forma diferente, começo o dia de uma forma diferente. E mesmo viajando e trabalhando, eu sempre trago o meu mat de yoga e estendo ele, nem que seja no quarto de hotel. Faço algumas práticas e já sinto a diferença no meu ombro, na minha postura, na minha saúde. Eu também adoro caminhar. Então, gosto de colocar meu tênis e fazer tudo a pé, sair conhecer os bairros, os lugares. Claro que, sendo mulher, é preciso ter uma consciência de lugar e de espaço, porque não é seguro. Não devemos romantizar a ideia de “sair andando sozinha pelo mundo”. Não é assim. Não é tão seguro assim ser mulher nesse mundo.

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Quais são os seus principais cuidados com pele, cabelo e beleza no geral?

Hidratação e proteção. É o meu combo que eu faço desde menina. Minha mãe teve melasma com a gravidez do meu irmão, que é 2 anos mais velho do que eu. Então, eu cresci com a minha mãe dizendo: “Protetor solar e beba muita água.” Então, eu sempre mantive isso, esse mantra: proteção e hidratação. E isso eu passei para todo o meu corpo. Eu tenho uma rotina de lavar o rosto de manhã, hidratar, usar água termal tanto na pele quanto no cabelo, passar protetor solar.E tem os meus produtos: sérum, vitamina C… E eu vou usando conforme as necessidades da minha pele naquele momento. Mas sempre hidratando e protegendo. Isso é um princípio. Eu hidrato muito meu cabelo. Eu preciso hidratar porque ele sente demais. Meu fio é fino. Sempre tenho comigo os meus produtos de hidratação capilar. Eu trago comigo os meus produtos brasileiros também.

Todo lugar do mundo que eu vou, eu trago o Brasil junto comigo, tanto nos cosméticos, quanto na minha moda, quanto nos meus cuidados. Eu me cuido bastante. Não tem um dia que eu não passo meu hidratante corporal. Eu gosto de me tocar, gosto de perceber que minha pele está gostosinha. Eu gosto do autocuidado. Então, esse momento de carinho comigo mesma é quase uma reverência. É ser grata por ter esse corpo que está de pé e tem saúde.

O que significa bem-estar para você?

Ter saúde mental em dia e os amores por perto. Porque aí vem a autoconfiança, vem a coragem, vem a disposição, vem tudo. Estar na natureza também é bem-estar para mim. Eu fico outro ser humano. Pisar na grama e olhar uma árvore, para mim, é essencial. É, é por isso que eu moro no Rio de Janeiro.Mesmo na correria, lá eu consigo ter mais contato com a natureza. É pisar em uma areia, dar um mergulho no mar ou simplesmente só observar mesmo, isso já muda muito a minha energia.

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