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Riscos da dengue: impacto no cérebro

Neurocirurgiã lista as complicações neurológicas que podem ocorrer em casos de dengue. Saiba mais!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 Maio 2024, 11h08 - Publicado em 20 Maio 2024, 14h00

A dengue é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada por um dos quatro sorotipos do vírus (DEN-1, DEN-2, DEN-3 ou DEN-4). Neste ano, até o momento, o Brasil registra 4,7 milhões de casos prováveis e mais de 2,5 mil óbitos pela doença. Os principais sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas no corpo e dor nas articulações e atrás dos olhos. Em quadros mais sérios, podem ocorrer lesões no fígado e hemorragias. Além disso, estudos mostram que o problema pode trazer riscos neurológicos aos infectados. Entenda mais a seguir!

 

Como a dengue pode afetar o cérebro?

Segundo uma pesquisa publicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (FRJ), entre 1% e 5% das pessoas contaminadas podem desenvolver doenças neurológicas como encefalite, mielite, neuropatia, meningite e Guillain-Barré.

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“A encefalite é uma infecção no sistema nervoso central que provoca inflamação do cérebro. Já a mielite é uma inflamação focal que, em geral, atravessa os dois lados da medula espinhal, uma das estruturas que compõem o sistema nervoso central. É preciso ficar atento também à neuropatia, que afeta os nervos periféricos do corpo e causa danos em áreas como mãos, pés, pernas e braços, causando perda de sensibilidade e atrofia muscular nesses locais. Outras doenças, como a meningite, inflamação das meninges, e a Guillain-Barré, que é o ataque do próprio sistema imunológico do corpo ao sistema nervoso, também podem ocorrer em pessoas infectadas pela dengue”, resume a Dra. Danielle de Lara, neurocirurgiã que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC).

A médica explica que os sorotipos 2 e 3 são os mais frequentemente associados à complicações neurológicas. “Os problemas que prejudicam o sistema nervoso aparecem, principalmente, nos casos de reinfecção da dengue. Além disso, eles também podem se manifestar em pessoas que já tiveram zika, chikungunya e febre amarela“, completa.

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