Estudo revela: melatonina pode ajudar a combater gordura visceral
Pesquisadores avaliaram novos efeitos do hormônio no organismo. Confira quais foram suas conclusões!

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid (UCM) identificou novos efeitos da melatonina, além de sua função na regulação do sono: o hormônio também pode ser um aliado contra o acúmulo de gordura visceral e, consequentemente, contribuir para um menor ganho de peso, sem alterar a ingestão alimentar.
A seguir, explicamos tudo sobre a pesquisa e seus resultados.
Efeitos da melatonina no acúmulo de gordura visceral
Liderado por María Pilar Cano Barquilla, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UCM, o estudo analisou o impacto da melatonina no metabolismo da gordura visceral através de testes com ratos Wistar e constatou que o tratamento com o hormônio, associado a uma dieta controle, reduziu o armazenamento de gordura no tecido visceral. Diante disso, esses resultados indicam que a melatonina pode ser uma ferramenta promissora no combate à obesidade.
O estudo, publicado no Journal of Molecular Science, avaliou como a melatonina influencia o “relógio biológico” da gordura visceral, responsável por regular processos metabólicos ao longo do dia.
Dietas ricas em gordura foram associadas a alterações nesse relógio, promovendo maior acúmulo de gordura e obesidade. Entretanto, a melatonina mostrou neutralizar esses efeitos ao equilibrar a expressão de genes ligados à lipólise, diminuindo o armazenamento de gordura.
Outro ponto analisado foi o comportamento de genes relacionados ao metabolismo lipídico e os níveis de ácidos graxos no sangue ao longo de um ciclo de 24 horas. A pesquisa destacou que, mesmo em uma dieta rica em gordura, o tratamento com melatonina foi capaz de minimizar os impactos no tecido adiposo.
As conclusões são concretas?
Apesar de promissores, os resultados do estudo sobre a melatonina ainda necessitam de maior aprofundamento, especialmente em humanos.
Em nota, María Pilar enfatizou que novos estudos devem explorar o impacto do hormônio em outros tecidos, como fígado e músculos, e avaliar sua influência na resistência à insulina associada à obesidade.
Ainda assim, a pesquisa representa um passo importante na compreensão da relação entre cronobiologia, obesidade e metabolismo.
Acompanhe o nosso WhatsApp
Quer receber as últimas dicas e matérias incríveis de Boa Forma direto no seu celular? É só se inscrever aqui, no nosso canal no WhatsApp.