Estudo revela: melatonina pode ajudar a combater gordura visceral

Pesquisadores avaliaram novos efeitos do hormônio no organismo. Confira quais foram suas conclusões!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 27 mar 2025, 10h53 - Publicado em 26 mar 2025, 20h00
Veja como age a melatonina contra o acúmulo de gordura visceral
Veja como age a melatonina contra o acúmulo de gordura visceral (Freepik/Freepik)
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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid (UCM) identificou novos efeitos da melatonina, além de sua função na regulação do sono: o hormônio também pode ser um aliado contra o acúmulo de gordura visceral e, consequentemente, contribuir para um menor ganho de peso, sem alterar a ingestão alimentar.

A seguir, explicamos tudo sobre a pesquisa e seus resultados.

Efeitos da melatonina no acúmulo de gordura visceral

Liderado por María Pilar Cano Barquilla, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UCM, o estudo analisou o impacto da melatonina no metabolismo da gordura visceral através de testes com ratos Wistar e constatou que o tratamento com o hormônio, associado a uma dieta controle, reduziu o armazenamento de gordura no tecido visceral. Diante disso, esses resultados indicam que a melatonina pode ser uma ferramenta promissora no combate à obesidade.

O estudo, publicado no Journal of Molecular Science, avaliou como a melatonina influencia o “relógio biológico” da gordura visceral, responsável por regular processos metabólicos ao longo do dia.

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Dietas ricas em gordura foram associadas a alterações nesse relógio, promovendo maior acúmulo de gordura e obesidade. Entretanto, a melatonina mostrou neutralizar esses efeitos ao equilibrar a expressão de genes ligados à lipólise, diminuindo o armazenamento de gordura.

Outro ponto analisado foi o comportamento de genes relacionados ao metabolismo lipídico e os níveis de ácidos graxos no sangue ao longo de um ciclo de 24 horas. A pesquisa destacou que, mesmo em uma dieta rica em gordura, o tratamento com melatonina foi capaz de minimizar os impactos no tecido adiposo.

As conclusões são concretas?

Apesar de promissores, os resultados do estudo sobre a melatonina ainda necessitam de maior aprofundamento, especialmente em humanos.

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Em nota, María Pilar enfatizou que novos estudos devem explorar o impacto do hormônio em outros tecidos, como fígado e músculos, e avaliar sua influência na resistência à insulina associada à obesidade.

Ainda assim, a pesquisa representa um passo importante na compreensão da relação entre cronobiologia, obesidade e metabolismo.

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