Equilíbrio

Quais são os 2 tratamentos para endometriose que o SUS passou a oferecer?

A doença atinge cerca de 10 a 15% das pessoas com útero em idade reprodutiva

Por Juliany Rodrigues
11 jul 2025, 14h00

dois novos tratamentos para endometriose no SUS

Em 2025, dois novos tratamentos para endometriose serão disponibilizados no Sistema Único de Saúde: o dispositivo intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel.

“A oferta desses dois tratamentos representa, acima de tudo, qualidade de vida para as pacientes e um avanço relevante na atualização tecnológica do SUS — fruto de um processo criterioso, conduzido com base nas melhores evidências científicas pela Conitec”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A endometriose é uma doença inflamatória crônica que atinge cerca de 10 a 15% das pessoas com útero em idade reprodutiva.

Segundo a ginecologista Mariana Rodrigues, a condição acontece quando o tecido que reveste o útero internamente retorna pela trompa, cai na cavidade abdominal e acaba se aderindo a outros órgãos, como ovários, intestino e bexiga.

A médica explica que esse tecido continua se comportando como se ainda estivesse dentro do útero, sangrando a cada ciclo.

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Os sintomas da endometriose incluem cólica menstrual intensa, dor durante relação sexual, infertilidade e a dificuldade para urinar/evacuar. Além disso, o problema pode afetar negativamente a fertilidade.

Como funciona o DIU-LNG e o desogestrel?

O DIU-LNG funciona liberando pequenas quantidades do hormônio levonorgestrel diretamente dentro do útero, de forma contínua, sendo uma opção para quem apresenta contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados. O dispositivo suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero.

O desogestrel consiste em um anticoncepcional hormonal que age principalmente inibindo a ovulação, o que ajuda a impedir o crescimento do endométrio fora do útero e a controlar os sintomas causados pela doença.

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Vale destacar que, apesar desses dois tratamentos atuarem na prevenção da gravidez, o SUS só liberará o uso deles para o tratamento de casos de endometriose.