Entenda as diferenças entre obesidade e lipedema
Conheça as principais características de cada uma das condições

A obesidade e o lipedema são duas condições frequentemente confundidas, mas possuem características diferentes e devem ser tratadas de maneira específica.
“Ao contrário da obesidade, o lipedema não atinge o corpo inteiro e sim regiões específicas. Mesmo ao perder peso, a paciente não perde a gordura na região afetada”, resume a nutróloga e especialista em Medicina do Esporte, Andrea Ferri Catib. Continue a leitura para saber mais!
Como diferenciar obesidade de lipedema?
O lipedema consiste em uma doença vascular crônica e genética que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura em determinadas regiões do corpo, como pernas, coxas, joelhos e braços.
Seus principais sintomas incluem inchaço, pele com aspecto de “casca de laranja”, sensação de cansaço, dor ao toque, presença de nódulos, sensibilidade na região afetada e gordura que não responde bem a dietas e atividades físicas.
“O lipedema é mais comum em mulheres e o acúmulo de gordura afeta igualmente os dois lados dos membros. Apesar de não existir uma causa definida para a doença, acredita-se que fatores genéticos tenham um papel importante no desenvolvimento do lipedema. Alterações hormonais, uso de contraceptivos orais, gravidez e menopausa estão entre as possíveis causas”, explica o cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha.
Já a obesidade é uma condição crônica, multifatorial e persistente em que ocorre o acúmulo excessivo de gordura em todo corpo, incluindo a região abdominal.
De acordo com o Ministério da Saúde, geralmente, ela é causada por “um consumo de energia na alimentação superior àquela usada pelo organismo para a sua manutenção e a realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a ingestão alimentar é maior do que o gasto energético correspondente”.
Vale lembrar que a obesidade também pode ser influenciada por fatores hormonais, genéticos, ambientais e comportamentais.
“Define-se um indivíduo como obeso quando o índice de massa corporal (IMC) é maior que 30, sendo que as principais causas incluem uma dieta desbalanceada, principalmente rica em açúcar e gorduras, e o sedentarismo, ou seja, a falta de prática regular de atividades físicas”, destaca a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Esse quadro pode desencadear diversas complicações, por exemplo, problemas cardiovasculares, diabetes, apneia do sono, hipertensão, refluxo gastroesofágico e distúrbios hepáticos.
Diferentemente do lipedema, a obesidade costuma responder melhor às mudanças no estilo de vida, como alimentação e a prática de exercícios. No entanto, em casos mais sérios, medicamentos e procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para tratá-la.
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