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Sinusite e rinite: diferenças e como saber qual tenho

Médicos comentam sobre os sintomas e os tratamentos dessas duas doenças respiratórias. Entenda!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 7 mar 2024, 19h57 - Publicado em 23 fev 2024, 19h00

A sinusite e a rinite são duas doenças respiratórias que podem ser motivo de grandes confusões. Afinal, além de terem os nomes parecidos, elas também causam sintomas semelhantes, como nariz entupido, catarro e redução do olfato. Pensando nisso, a Boa Forma conversou com três especialistas para te ajudar a entender quais são as diferenças entre essas condições e como identificá-las. Saiba mais a seguir!

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O QUE É A RINITE?

De acordo com a Dra. Michelle Andreata, pneumologista da Saúde no Lar, a rinite é uma inflamação da mucosa nasal caracterizada pela irritação e inchaço do revestimento interno do nariz.

“As causas podem ser alérgicas ou não alérgicas. A rinite alérgica, que é a mais comum, é provocada por uma reação a partículas no ar, como pólen, ácaros, pelos de animais e mofo. Já a não alérgica pode ser desencadeada por infecções, como o resfriado comum, mudanças no clima, poluição, uso de certos medicamentos, alterações bruscas de temperatura e irritantes (fumaça e odores fortes, por exemplo)”, explica ela.

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Os sintomas mais comuns das rinites são: espirros, congestão nasal, coceira no nariz, nos olhos e na garganta, olhos lacrimejantes, dor de cabeça e fadiga. Em alguns casos, também pode ocorrer pressão no ouvido ou diminuição do olfato.

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“Em quem tem esse problema, a coriza, normalmente, é clara, com um aspecto transparente, e fluida“, detalha a Dra. Carolina Brotto de Azevedo, otorrinolaringologista.

Segundo a Dra. Carolina, existem testes que podem ser solicitados por um médico, e eles servem para identificar quais alérgenos estão causando a reação no organismo do paciente. “Também é possível dosar anticorpos por meio de exames de sangue“, diz a otorrinolaringologista.

O Dr. Marcel Menon, otorrinolaringologista, afirma que evitar o contato com os alérgenos e manter os ambientes limpos são os primeiros passos para tratar a rinite alérgica. 

Outro cuidado importante é a lavagem nasal, pois ela ajuda a remover mecanicamente os alérgenos que estão dentro do nosso nariz e a promover a hidratação da mucosa.

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“Existem diversas formas de fazer essa lavagem. Tem a de baixo volume, que é aquela que fazemos com sprays ou conta-gotas, e a de alto volume, feita com seringas, garrafinhas e lota”, destaca o médico.  

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Medicamentos como anti-histamínicos e corticosteroides nasais também podem ser utilizados, sempre com a orientação de um profissional de saúde.

“Quando há a persistência de sintomas mesmo com o tratamento clínico, há a possibilidade de fazer a imunoterapia (vacina para alergias)”, completa Menon.

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“No geral, é importante ressaltar que a abordagem terapêutica depende se a condição é alérgica ou não. Por isso, é necessário consultar um médico especialista para saber qual é a verdadeira causa da sua rinite”, alerta a Dra. Michelle Andreata.

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O QUE É A SINUSITE?

A sinusite é a inflamação dos seios nasais, que são cavidades cheias de ar ao redor do nariz.

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“Pode ser provocada por uma infecção (viral, bacteriana ou fúngica) ou por qualquer fator que bloqueie a drenagem normal dos seios nasais, como desvios no septo ou pólipos nasais”, conta a pneumologista.

“Na maioria dos casos, é aguda e pode até ocorrer como uma evolução de um quadro gripal. Mas, algumas pessoas podem ficar com uma sinusite crônica, que persiste por meses”, explica o Dr. Marcel.

Os sintomas incluem dor de cabeça ou pressão facial, principalmente ao redor do nariz, olhos, bochechas ou testa, secreção e congestão nasal, tosse, febre e cansaço.

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“Como eu estou falando de um processo inflamatório dentro dos seios paranasais, a coriza da sinusite tem outra característica, sendo mais espessa, esverdeada ou amarelada. Isso ocorre porque essa secreção fica ali nos seios acumulada por mais tempo. Em casos bacterianos, a febre é mais alta”, enfatiza a Dra. Carolina. 

O diagnóstico é feito por meio de um exame físico detalhado e da história clínica do paciente. Em algumas situações, podem ser necessários exames como uma inspeção da cavidade nasal com um endoscópio, radiografias e tomografias computadorizadas

“O tratamento pode variar de acordo com a causa e a gravidade da condição. Geralmente inclui medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos, descongestionantes, corticosteroides nasais e antibióticos (se for causada por uma infecção bacteriana). Em situações crônicas ou mais complicadas, pode ser avaliada a necessidade de uma cirurgia para melhorar a drenagem dos seios nasais”, diz a médica pneumologista. 

QUAL A DIFERENÇA ENTRE SINUSITE E RINITE?

“O nosso nariz funciona como um corredor que transporta o ar do meio ambiente até as vias aéreas inferiores, ajudando que ele chegue ao pulmão de forma aquecida, umidificada e filtrada. Anexo a esse ‘corredor, temos uma série de salas, que são os chamados seios paranasais. A sinusite é a inflamação desses seios paranasais, enquanto a rinite existe quando algum tipo de inflamação se manifesta só no corredor, ou seja, quando não tem o acometimento dessas ‘salas'”, compara o Dr. Marcel.

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Além disso, a sinusite pode apresentar sintomas mais severos do que a rinite, gerando também febre, mal-estar e dores de cabeça intensas.

“A única forma de saber, com certeza, o que você tem é passando em uma consulta com um otorrinolaringologista, porque a gente apura direitinho a duração dos sintomas e a características deles, te proporcionando um diagnóstico mais preciso e um tratamento seguro e eficaz”, conclui o médico.

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