Tecnologia a laser promete alívio para o ronco e a apneia sem cirurgia nem dor
Estimativas da OMS apontam que 1 em cada 3 pessoas no mundo sofre de apneia obstrutiva do sono e 85% dos casos nem sequer são diagnosticados

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a apneia obstrutiva do sono atinge 1 em cada 3 pessoas no mundo, mas 85% dos casos sequer são diagnosticados. Os impactos vão além do incômodo noturno: esse distúrbio respiratório está ligado ao aumento de riscos como hipertensão, arritmias cardíacas, diabetes e até AVCs.
Segundo a otorrinolaringologista Dra. Roberta Pilla, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), é comum que o ronco seja minimizado ou encarado como algo normal, especialmente quando ocorre após consumo de álcool, em gripes ou noites de cansaço. “Mas quando o ronco é frequente, pode ser um sinal claro de apneia do sono. Isso significa que o ar para de passar corretamente pela via aérea durante o sono, reduzindo a oxigenação do corpo e afetando diversos sistemas do organismo”, alerta.
Sintomas de que você tem apeia do sono e não sabe
Entre os sintomas mais comuns estão boca seca ao acordar, dor de cabeça matinal, sonolência diurna, sono fragmentado e dificuldade de concentração. A Dra. Roberta recomenda a busca por um médico especialista e a realização do exame de polissonografia, que avalia a qualidade do sono e identifica apneias e microdespertares.
Laser Fotona para tratar os sintomas
Embora hábitos saudáveis como emagrecer, evitar álcool e dormir de lado sejam recomendados, nem sempre são suficientes. Para casos leves a moderados de apneia ou ronco primário, novas alternativas menos invasivas estão ganhando espaço.
O cirurgião-dentista Dr. Fernando Costa, especialista em laser e membro da Fotona Academy, explica um novo protocolo que utiliza o laser Fotona para tratar os sintomas de forma segura, indolor e sem necessidade de aparelhos ou cirurgia.
“O laser atua promovendo a contração e tonificação dos tecidos flácidos da via aérea superior, que são os responsáveis pela vibração (ronco) e pelo bloqueio parcial da respiração (apneia). O estímulo à produção de colágeno devolve firmeza ao tecido e melhora significativamente a passagem do ar”, explica.
As sessões duram cerca de 30 minutos, são confortáveis, sem cortes ou anestesia, e os resultados costumam aparecer já nas primeiras aplicações. “Pacientes relatam noites de sono mais tranquilas, melhora da disposição e até impactos positivos nos relacionamentos, já que o ronco costuma afetar a convivência”, complementa o dentista.
O tratamento, que tem comprovação científica, exige uma avaliação individualizada e costuma incluir quatro sessões, além de acompanhamento ao longo de 12 meses. Há também uma versão personalizada para quem já usa CPAP, como forma complementar.
“O sono é um dos pilares da saúde e sua privação, ainda que parcial, desencadeia uma cascata de alterações hormonais, cognitivas e imunológicas”, reforça Dra. Roberta. A conscientização sobre distúrbios respiratórios noturnos é essencial e novas abordagens, como a oferecida pelo laser, surgem como uma alternativa promissora para quem busca qualidade de vida sem recorrer a métodos invasivos.