Terapia de reposição hormonal: p que você precisa saber sobre seus riscos e benefícios

Tratamento ajuda a aliviar sintomas típicos da menopausa, mas traz riscos. Por isso, só deve ser feito sob orientação médica

Por Giovana Santos
Atualizado em 4 nov 2024, 14h35 - Publicado em 4 nov 2024, 14h00
Médica explica a relação entre a menopausa e o ganho de peso nesse período
A terapia de reposição hormonal é um dos tratamentos indicados para a melhora dos sintomas da menopausa | (shurkin_son/Freepik)
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De mocinha a vilã, a mocinha novamente. A terapia de reposição hormonal (TRH) dá o que falar porque pode ser uma abordagem bastante eficaz para controlar os sintomas e prevenir diferentes condições que surgem com a menopausa, mas também traz riscos à saúde da mulher em casos mais específicos. Vamos entender melhor a seguir?

O que é a terapia de reposição hormonal e quando ela surgiu?

Esse tipo de tratamento começou a ser usado de maneira massiva nos anos 90. Na época, os estudos acerca de seus efeitos ainda estavam sendo desenvolvidos, e acreditava-se que a terapia poderia ajudar a aliviar os sintomas típicos do climatério (como perda de libido, ganho de peso e os famosos “calorões”), além de supostamente diminuir o risco de doenças cardiovasculares.

Contudo, após a publicação do estudo “Women’s health initiative”, em 2002, os cientistas descobriram que a reposição hormonal não era tão vantajosa assim para o coração. Na verdade, o uso da medicação hormonal até aumenta as chances de problemas cardiovasculares em alguns casos – e de câncer de mama também, inclusive. De amiga das mulheres, a TRH passou a inimiga.

Contudo, depois de mais pesquisas e investigações sobre a técnica, descobriu-se que, quando indicada no tempo certo, para as pessoas certas e com acompanhamento médico, ela poderia sim trazer seus benefícios. Hoje, é mais recomendada em quatro casos específicos, de acordo com um artigo da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo):

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  • Para aliviar os sintomas da menopausa causados pela falta de hormônios femininos;
  • Prevenção da osteoporose;
  • Melhora da saúde sexual – ao reduzir incômodos como secura vaginal, dor na relação sexual e infecções vaginais de repetição;
  • Em algumas situações de menopausa precoce.

Janela de oportunidade e contraindicações 

Os riscos ainda existem, mas eles são minimizados de maneira expressiva se algumas condições forem respeitadas. A principal diz respeito à janela de oportunidade: os primeiros dez anos depois da última menstruação são os mais indicados para a realização da TRH, uma vez que os perigos diminuem e as vantagens aumentam. Além disso, a terapia deve ser evitada por mulheres que:

  • Já tiveram câncer de mama ou de endométrio;
  • Sofreram infarto ou AVC.
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O melhor mesmo é conversar com o seu médico ginecologista de confiança. Ele avaliará o seu histórico e suas características individuais para conseguirem decidir, juntos, o melhor caminho a seguir.

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