Cataratas do Iguaçu: como aproveitar a viagem mesmo embaixo de chuva
Cacá Filippini mostra que é possível desfrutar de uma das 7 Novas Maravilhas da Natureza mesmo se o sol não aparecer
“Não importa a cor do céu, quem faz o dia ficar bonito é você”. Há momentos em que temos que levar essa frase do escritor Gabito Nunes ao pé da letra. Imagine a cena: planejar uma viagem ou um passeio, chegar ao seu destino e se deparar com dias de chuva…
Claro que o cenário não é o que mais agrada, mas isso não precisa ser um problema. Quando somos crianças, adoramos brincar na chuva. É uma sensação de liberdade misturada à euforia e à vontade de se molhar às quais, ao longo dos anos, não nos permitimos mais.
Aliás, muitas vezes ficamos muito incomodadas em deixar um prédio e ir até o carro que nos espera se alguns pingos estiverem caindo do céu. “It’s just water!” (“É só água!”, em tradução do inglês!) ouvi uma vez de uma criança que flagrou meu drama na saída do metrô em Nova York, nos EUA. Me senti ridícula naquela situação de não querer dar um passo para fora só porque chovia. Quase que imediatamente, o menino me olhou e disse: “It’s ok!” (“Tá tudo bem!”), como se me chamasse para ir com ele e sua mãe pela calçada.
Daquele dia em diante, a chuva não me pega mais! Muito menos quando estou em viagem e quero curtir cada momento. Em junho deste ano, estive em Foz do Iguaçu (PR) para cinco dias na cidade que tem como maior atrativo, as Cataratas do Iguaçu. Pé frio ou não, cheguei lá no domingo, com um dia maravilhoso. Amanheci em uma segunda-feira cinzenta e com chuvas torrenciais. Programação pré-definida, peguei minha capa, minhas galochas, uma troca de roupa seca e lá fomos nós rumo a uma das sete novas Maravilhas da Natureza.
Em tupi-guarani, Iguaçu significa “água grande”. Situadas dentro do Parque Nacional do Iguaçu, as Cataratas são formadas pelo Rio Iguaçu e dividem-se entre Brasil e Argentina, com quedas de até 80 metros de altura. Os números de saltos podem chegar a mais de 100, dependendo da vazão d´água, mas são 19 os principais. Contemplamos esse pedaço de natureza de um modo diferente: de dentro da água!
Começamos nossa aventura a bordo de jipe/trem em uma trilha pela Mata Atlântica que nos levou até o deque de barcos. Pegamos nossos coletes e embarcamos no que chamam de Macuco Safari. Estávamos eu, nosso cinegrafista Claudio Paulino e Filipe Lafuente, coordenador de marketing do Visit Iguassu.
Como estávamos apenas nós três e dois barqueiros, a experiência teve um pouco mais de adrenalina (normalmente o passeio é feito em grupos de mais pessoas). Conforme navegávamos, as gotas de chuva se tornavam mais pesadas e velozes, mas, estávamos nos sentindo como crianças em meio a uma brincadeira nova. A risada era solta. Não estávamos preocupados com o depois. Vivíamos o aqui e agora. Até que o barco chega em um dos saltos batizados como “Três Mosqueteiros” e nos aproximamos das quedas. A sensação é de imensidão! Nesse momento, as risadas cessaram e deram espaço à contemplação e ao brilho dos nossos olhos diante de tanta beleza. Me senti tão pequena ali. E ao olhar pra cima, a emoção tomou conta de mim: “Como a natureza é incrível”!
Naquele momento desejei que todos pudessem viver um pouquinho daquilo e tive a certeza de que publicaria essa experiência aqui no #ESCAPES.
De volta à adrenalina, descubro que iremos além da contemplação e a navegação próximo as quedas: o barco se dirige para a queda em si! E como se fosse um banho de cachoeira, entramos parcialmente naquele chuveiro natural. É um misto de sensações. A risada começa novamente. Nos divertimos. Nos permitimos nos encharcar. E queremos mais e mais! O barco entra e sai da queda por várias vezes e, como crianças brincando em um potente esguicho, lá estávamos nós, debaixo da chuva, em meio às Cataratas, com a adrenalina bombando e a felicidade em altos níveis.
Espia o vídeo para curtir um pouco do que é o Macuco Safari:
#Escapes: Cacá Filippini passeia pelas Cataratas do Iguaçu from Boa Forma on Vimeo.
Experimente novos #escapes, faça menos do mesmo e até a próxima semana!